BIBLIOLOGIA
Significado:
substantivo feminino
bibl ciência da história e da composição material do livro, em todos os seus aspectos
CÂNON: A palavra cânon tem raiz na
palavra cana, junco (do hebraico Geneh, através do grego kanon). O junco era
usado como uma vara de medir, e por
fim, veio a significar padrão.
A palavra veio a ser usado por Orígenes, como regra de
fé, o padrão pelo qual devemos medir e
avaliar, mais tarde teve o sentido de lista ou rol. Aplicada as escrituras
à palavra Cânon significa “uma
lista de livros, oficialmente aceitos”. Deve-se ter em mente que a igreja
não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de
escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados
desde o princípio. Foram inspirados por Deus ao serem escritos.
TESTES
PARA INCLUSÃO DE UM LIVRO NO CANON:
Não sabemos exatamente quais
foram os critérios que a igreja primitiva usou para escolher os livros
canônicos. Possivelmente houve cinco princípios orientadores, empregados para
determinar se um livro do novo testamento era ou não canônico, se era ou não
escritura:
1-
Revela
autoridade
2-
É
profético
3-
É
autentico
4-
É
dinâmico
5-
E
aceito guardado, lido e usado.
FATORES
DETERMINANTES DA NECESSIDADE DO CANON DO ANT. TESTAMENTO:
A destruição de Jerusalém e
do templo, em 70 A .D.,
acabou com o sistema sacrifical judaico. Muito embora o cânon do antigo
testamento estivesse fixado na mente judaica bem antes de 70 A .D. era necessário algo
mais definitivo. Os judeus se encontravam espalhados e precisavam definir que
livros tinham a palavra oficial de Deus devido à existência de muitos textos
estra-escrituristico e a descentralização. Os judeus se tornaram o povo de um
livro especifico, e foi esse livro que os mantiveram juntos. O cristianismo
começava a florescer e muitos textos, de autoria de cristãos, principiavam a
circular. Os judeus necessitavam desmoralizar de modo marcante esses textos,
bem como impedir que fossem aceitos junto com os seus próprios escritos e
usados nas sinagogas. É preciso ter cuidado em se fazer separação entre o cânon
hebraico, as escrituras e a grande variedade de literatura religiosa existente.
O
CANON HEBRAICO:
A lei (Torah)
·
Gênesis
·
Êxodo
·
Levítico
·
Números
·
Deuteronômio
Os
escritores (Kethubyim ou Hagiographa)
·
Livros
poéticos
·
Salmos
·
Provérbios
·
Jô
Os
profetas (Nbhim)
·
Josué
·
Juízes
·
Samuel
·
Reis
Profetas
posteriores
·
Isaías
·
Jeremias
·
Ezequiel
·
Os
doze
Os
cincos rolos (Megillothot)
·
Cântico
dos cânticos
·
Rute
·
Lamentações
·
Ester
·
Eclesiastes
Livros
históricos
·
Daniel
·
Esdras
e Neemias
·
Crônicas
Embora
a igreja cristã adote o mesmo cânon do Antigo Testamento, o número de livros
difere porque dividimos Samuel, Reis, Crônicas, etc. em dois livros cada um; os
judeus também consideram os profetas menores como um único livro. A ordem dos
livros também é diferente. O antigo testamento dos protestantes segue uma sequência
de assuntos em vez de uma sequência oficial.
O
TESTEMUNHO DE CRISTO A RESPEITO DO CANON DO ANTIGO TESTAMENTO:
Lc.24:44 – No cenáculo Jesus
disse aos discípulos: “que se importava que se cumprisse tudo o que de mim está
escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”. Com essas palavras Ele
mencionou as três divisões da Bíblia hebraica – a Lei, os profetas e os
Escritos. (aqui chamados de Salmos, provavelmente porque o livro de Salmos é o
primeiro e o mais longo livro dessa terceira divisão). Desde o sangue de Abel
até ao de Zacarias, Jesus confirma o testemunho que dá acerca da extensão do
cânon do antigo testamento. Abel, como todos sabe foi o primeiro mártir
(Gn.4:8). Zacarias é o último mártir citado (de acordo com a ordem dos livros
do antigo testamento hebraico) foi apedrejado enquanto profetizava ao povo, no
pátio da casa do Senhor. Gênesis era o primeiro livro no cânon hebraico,
Crônicas, o último. Em outras palavras, Jesus disse de gênesis a crônicas, ou
diríamos de acordo com a nossa ordem dos livros de gênesis a Malaquias.
TESTEMUNHO
DE ESCRITOS NÃO BIBLICOS:
O mais antigo registro de
uma divisão tríplice do antigo testamento é o prólogo do livro de Eclesiástico,
escrito por volta de 130 a .C,
o prólogo está escrito pelo neto do
autor, diz a lei, e os profetas, e os outros livros dos pais, existiam
três divisões bem nítidas das escrituras.
Josefo, o historiador judeu
que viveu no final do primeiro século depois de Cristo, escreve. Tenazmente
temos nos apegado a esses livros da nossa própria nação, fica evidente através
daquilo que fazemos, pois durante as tantas eras que já tem passado ninguém foi
tão audaz ao ponto de acrescentar alguma coisa aos livros ou de retirar alguma
coisa, mas torna-se natural a todos os judeus, sendo algo espontâneo que ocorre
desde o próprio nascimento, considerar que esses livros contêm doutrinas divinas,
perseverar nelas e estar dispostos a, caso necessário, morrer por elas. Pois
não é novidade para nossos cativos, que são em grande número, serem
frequentemente vistos suportando nas arenas todo tipo de torturas e mortes, a
fim de não serem obrigados a pronunciar uma única palavra contra nossas leis e
contra os registros que as contêm.
TESTEMUNHO
DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DO ANTIGO TESTAMENTO COMO SENDO ESCRITURA SAGRADA:
Mt. 21:42 – 22:29 – 26:54-56,
Lc. 24, João. 5:39 – 10:35, Atos. 17:2 – 11;18:28, Romanos. 1:2-4 – 9:17 –
10:11 – 15:4 – 16:26, Coríntios. 15:3-4, Gálatas. 3:8 – 3:22 – 4:30, 1.Timóteo.
5:18, 2. Timóteo. 3:16, 2. Pedro. 1:20 – 21 – 3:16
A
LITERATURA APOCRIFA DO ANTIGO TESTAMENTO
A palavra, apócrifo
vem do grego “apokruphos” e significa
oculto ou escondido.
Jerônimo, que viveu no
quarto século, foi o primeiro a chamar de apócrifo esse grupo de livros. Os
apócrifos são os livros acrescentados ao antigo testamento pela igreja católica
(no concílio de Trento em 1548 D.C. que colocou os doze livros apócrifos não
inspirados). Os quais os protestantes afirmam não serem canônicos.
Porque
não canônicos? Quais as razões para a exclusão?
1-
Estão
repletos de discrepâncias e anacronismo históricos e geográficos
2-
Ensinam
doutrinas falsas que incentivam praticas divergentes das ensinadas pelas escrituras
inspiradas.
3-
Apelam
para estilos literários e apresentam uma artificialidade no trato do assunto,
com um estilo que destoado das escrituras inspiradas.
4-
Faltam-lhes
os elementos distintivos que conferem caráter divino as autenticas escrituras,
como, por exemplo, a autoridade profética e o sentimento poético e
religioso.
Antigo
testamento - estes livros refletem as duas correntes rabínicas:
1-
Haggádico ou histórico –
inclinando-se para o apocalíptico. Escrito originalmente em hebraico ou
aramaico, mas conservado somente no grego, dividem-se em três grupos:
· Históricos – livro dos jubileus, vida de Adão e Eva, Ascenção
de Isaías, III Esdras, Macabeus, O testamento de Moisés, Eldade e Medade,
História de João Hircano.
· Didáticos – Testamento dos doze patriarcas, Salmos de
Salomão, Oração de Manasses e IV Macabeus.
· Apocalípticos – Livro de Enoque, Ascenção de Moisés, IV
Esdras, Apocalipse de Baruque, Apocalipse de Elias, Apocalipse de Ezequiel,
Oráculos Sibilinos.
A igreja Romana, por
soluções do Concílio de Trento em 1545, aceita apenas os seguintes livros
apócrifos: Judite, Tobias, Acréscimo de Ester, Livro da sabedoria, Eclesiástico,
Baruque, Acréscimo a Daniel, 1. Macabeus, e II Macabeus.
O
novo testamento:
·
Itinerário
de Paulo
·
Itinerário
de Pedro
·
Itinerário
de João
·
Itinerário
de Tomé
·
Didaché
·
I
e II Epístola de S. Clemente.
·
Epístola
de Inácio
·
Epístola
de Policarpo
·
A
Epístola de Hermas
·
Evangelho
segundo Tomé
·
Historia
de Tiago
·
O
Apocalipse de Pedro
·
Itinerário
e Ensino dos Apóstolos
·
Cartas
de Barnabé
·
Atos
de Paulo
·
O
Apocalipse de Paulo
·
Didascália
de Clemente
·
Didascália
de Inácio
·
Didascália
de Policarpo
·
Evangelho
segundo Barnabé
·
Evangelho
segundo Mateus
·
Evangelho
aos Hebreus, etc., etc.
A igreja Romana, bem como as
igrejas evangélicas, rejeitam categoricamente todos os apócrifos do novo
testamento.
PSEUDOEPÍGRAFOS:
Pseudepigrafia é o estudo dos pseudoepígrafos
ou pseudo-epígrafos, que são textos antigos, aos quais é atribuída falsa
autoria.
Este
termo é usado para designar livros de autores falsos. Surgiram muitos livros
religiosos com nomes falsos na sua autoria, por isso são chamados pseudoepígrafos.
Ex.ª:
livros dos mórmons. A maioria destes livros Apócrifos e pseudoepígrafos surgiram
durante o período Inter bíblico, que durou 400 anos, durante estes ano; Deus
não falou por meio de seus profetas.
Livros Pseudoepígrafos:
A carta de Aristéias, Salmos de Salomão, Ascensão de Isaías, IV. Macabeus,
Oráculos Sibilinos, Enoque, Ascensão de Moisés, IV Esdras, Apocalipse de Baruque,
etc.
Breves
comentários sobre os livros pseudoepígrafos:
·
O
mais importante apocalipse deste gênero de obras é o livro de Enoque
– embora não se saiba se atribuí-lo a uma determinada época o a um
acumulação graduada de tradições atribuídas a Enoque entre o ano 200 A .C. e as primeiras décadas do século I, da nossa
era. O certo é que se trata de uma obra que trouxe uma contribuição especial ao
conceito do messias celeste e o filho do homem.
·
O livro dos jubileus – comenta o gênesis,
frisando que a lei foi observada desde os mais remotos tempos e dividindo a
historia em períodos de jubileus, isto é, quarenta e nove anos (sete semanas de
anos) data aproximadamente de cerca do ano 100 A .C.
·
Os testamentos dos
doze patriarcas
– deve ser uma obra contemporânea da anterior, cujo objetivo é apresentar os
últimos conselhos e profecias de cada um dos doze filhos de Jacó, quando
moribundos.
·
Os oráculos Sibilinos – são obras judaicas
que, a imitação das profecias pagãs de Sibilia, pretende divulgar o pensamento
hebraico entre os gentios. Não vão além do século II. A.C.
·
A assunção de Moisés – deve ter sido
publicada o tempo de Cristo e procura narrar à história do mundo, em forma de
profecia, desde Moisés até ao tempo do autor.
·
O livro segredos de
Enoque
(II Enoque) supõem I Enoque e embora se apresentem outras datas posteriores,
não deve ir além do ano 50 da nossa era. Descrevem pormenorizadamente os sete
céus e antecipa em mil anos o reinado de Deus na terra.
·
O apocalipse Siríaco
de Baruque
– (II Baruque) depende, sem duvida, de II Esdras, e há quem pretenda atribuí-lo
ao escriba de Jeremias. Foi escrito nas ultimas décadas do século I da nossa
era.
·
O apocalipse grego de
Baruque
(III Baruque), se bem que tenha certas afinidades com o anterior, é
completamente independente e atribuísse-lhe uma data posterior.
·
Os salmos de Salomão
– abrange
dezoito salmos que no fim de contas são da autoria dum fariseu, e remontam a
segunda metade do século I, da era cristã. O estilo não difere muito do dos
salmos canônicos.
·
III. Macabeus – fala-nos da tentativa de massacre dos judeus no reinado
de Ptolomeu Filopator (222-205 a.C.). E termina com a vingança triunfante do
povo escolhido.
·
IV. Macabeus – é um tratado
filosófico a ilustrar a tese do autor no caso dos mártires macabeus.
·
A carta de Aristeas – descreve as supostas
circunstancias em que se fez a traduções da Bíblia hebraica para o grego.
·
O martírio de Isaías
–
como o titulo sugere, afirma que Isaías foi serrado ao meio. Há quem julgue ter
sido escrito no século I, de nossa era, mas provável que a obra que o inspirou.
·
Ascensão de Isaías - seja inteiramente
cristã e, portanto muito posterior.
·
Livros de Adão e Eva – presta inúmeras
informações acerca da vida dos nossos primeiros pais e supõe-se terem sido
publicados no século I, da era de Cristo.
·
Pirke Aboth – ou as sentenças dos
pais, são um da coleção de provérbios da autoria de rabis celebres copilados
desde o século III A.C. até o século III da nossa era cristã.
·
A história de Aicar – contém uma lenda do
século V, A.C. a cerca das aventuras daquele tempo.
·
Zadoquitas – são fragmentos e
relatos dum partido judaico que teve origem numa separação dos saduceus, data
dos últimos anos A.C. ou dos primeiros da nossa era.
·
O apocalipse de
Abraão e o testamento de Abraão – do século I, da era cristã, são obras judaicas
com passos de literatura do cristianismo.
·
As vidas dos profetas
–
conforme o titulo, são narrações biográficas dos profetas, da mesma data que os
dois livros anteriores, e do mesmo modo divulgados pelos cristãos.
·
O testamento de Jó – se bem que somemos
importância, supõe-se ter sido escrito no século I, A.C.
ALGUNS
EXEMPLOS DA NÃO ACEITAÇÃO DOS APÓCRIFOS:
Os livros apócrifos não
foram aceitos porque ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de
exorcismo. Sem fundamento divino. O numero de livros apócrifos é quase
infinito. Diversas tentativas foram feitas com a finalidade de catalogá-los,
todas, porém, em vão, pois nenhuma delas inclui a totalidade.
1-
Tobias: historias
fictícias, lendárias e absurdas – um peixe monstruoso saiu do rio para lhe pegar...
Um anjo o mandou puxar o peixe para fora do rio.
2-
Coração
de um peixe tem o poder para expulsar demônios.
3-
Orações
pelos mortos
4-
Falsas
curas
5-
Salvação
por esmolas e obras
6-
Alteração
de destino na alma, após a morte.
7-
A
falsa doutrina do purgatório
8-
Anjos
que mentem
9-
Pessoas
que fazem jejum todos os dias de suas vidas
Testemunho
histórico sobre a sua não inclusão no cânon:
1- Filo, um filosofo
judeu de Alexandria (20 a .C
– 40 a .d),
foi prolífico nas citações do Antigo Testamento e até chegou a reconhecer a divisão
tríplice da Bíblia hebraica, mas jamais citou os apócrifos como sendo
inspirados.
2- O historiador judeu
Josefo (30-100 A .D),
exclui claramente os apócrifos, informando ser 22 os livros do Antigo
Testamento. Também não cita esses livros como escrituras.
3- Jesus, e os
escritores do Novo Testamento nem uma única vez citam os apócrifos, muito
embora haja centenas de citações e referencias de quase todos os livros
canônicos do Antigo Testamento.
4- Os estudiosos judeus
reunidos em Jâmmia (90 A .D.)
não reconhecem os apócrifos.
5- Nenhuma deliberação
ou concilio da igreja cristã, nos primeiros séculos, reconheceu os apócrifos
como sendo inspirados.
6- Muitos dos pais da
igreja antiga atacaram os apócrifos, como por exemplo: Orígenes, Cirilo de
Jerusalém, e Atanásio.
7- Jerônimo, (340-420), o
grande erudito e tradutor da Vulgata, rejeitou que os apócrifos fossem partes
do cânon. Ele travou uma disputa sobre essa questão com Agostinho, estando
ambos fisicamente separados pelo mar mediterrâneo. Inicialmente recusou até mesmo
traduzir os livros apócrifos para o latim, mas posteriormente fez uma tradução
apressada de alguns deles, depois de sua morte, literalmente sobre o seu
cadáver, os livros apócrifos foram incorporados à vulgata de Jerônimo, tirados
diretamente da versão latina.
8- Durante o período da
reforma muitos estudiosos católicos rejeitaram os apócrifos.
9- Lutero e os
reformadores rejeitaram a canonicidade dos apócrifos.
10-Não foi senão em 1546 A .D. numa atitude
polemica tomada no concilio de Trento, dentro da contrarreforma, que os livros
apócrifos receberam pleno reconhecimento canônico por parte da igreja católica
Romana.
TESTES
PARA A INCLUSÃO DE UM LIVRO NO CANÔN DO NOVO TESTAMENTO.
O fator para determinar a
canonicidade do Novo Testamento foi à inspiração divina, e o principal teste da
inspiração foi a apostolicidade.
Geisler e Nix. Detalham a
respeito: na terminologia do Novo Testamento, a igreja foi edificada sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, (Ef. 2:20), os quais Cristo prometera que,
pelo Espírito Santo, iriam guiar a toda verdade. (João. 16:13). Atos 2:42, diz
que a igreja de Jerusalém preservou na doutrina dos apóstolos e na comunhão, a
palavra apostolicidade, conforme empregada para designar o teste de canonicidade,
não significa obrigatoriamente autoria apostólica, nem aquilo que foi preparado
sob a direção dos apóstolos.
O teste básico da
canonicidade é a autoridade apostólica, ou a aprovação apostólica, e não
simplesmente autoria apostólica. Gaussen, Warfield.
N.B. Stonehouse, afirma que
a autoridade apostólica, que se revela no Novo Testamento nunca está divorciada
da autoridade do Senhor. Há nas epístolas um constante reconhecimento de que na
igreja só existe uma única autoridade absoluta, a autoridade do próprio Senhor,
sempre que os apóstolos falam com autoridade, fazem-no exercendo a autoridade
do Senhor. Dessa forma, por exemplo, quando Paulo defende a sua autoridade de
apóstolo, baseia-se única e exclusivamente na comissão recebida do Senhor. Gl. 1
e 2, quando evoca o direito da validade da igreja, declara que sua palavra tem
a autoridade do Senhor, mesmo quando nenhuma palavra especifica do Senhor tenha
sido transmitida (1. Cor.14:37 – 7:10). O único que, no Novo Testamento fala
com uma autoridade interna e que se impõe por sim mesmo é Jesus.
Os concílios da igreja. É um
tanto parecida com a do Antigo Testamento, quando a igreja elaborou a lista dos
vinte e sete livros do novo Testamento, não lhe conferiu qualquer autoridade
que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente
estabelecida. (a decisão do sínodo de Hipona foi repromulgada quatro anos
depois pelo terceiro sínodo de Cartago). Desde então não tem havido qualquer
restrição séria aos 27 livros aceitos no Novo Testamento, quer por católicos Romanos
quer por protestantes.
A
CREDIBILIDADE DA BÍBLIA
O
teste Bibliográfico da credibilidade do Novo Testamento: O Teste bibliográfico é um
exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras
palavras, uma vez que nos dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade
das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo
transcorrido entre o original e a cópia existente.
F. E. Peters ressalta que se
baseando apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo
Testamento dos cristãos foram os livros antigos mais frequentemente copiados e
mais amplamente divulgados.
Evidências
dos manuscritos acerca do Novo Testamento:
Atualmente sabe-se da
existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento,
acrescentem-se a esse numero mais de 10.000 manuscritos da vulgata latina e,
pelo menos, 9.300 de outras antigas versões e teremos hoje mais de 24.000
cópias de porções do Novo Testamento. Nenhum outro documento da história antiga
chega perto desses números e dessa confirmação. Em comparação a Ilíada de Homero vem em segundo lugar,
com apenas 643 manuscritos que sobreviveram até hoje.
Um
quadro estatístico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:
Grego:
·
Unciais
- 267
·
Minúsculas
– 2.764
·
Lecionários
– 2.143
·
Papiros
- 88
·
Achados
recentes – 47
Total – 5.309
Outras
versões:
·
Versão
latina – mais de 10.000
·
Etiópico
– mais de 2.000
·
Eslavônico
– 4.101
·
Armênio
– 2.587
·
Versão
Siríaca (peshita) mais de 350
·
Copta
– 100
·
Árabe
– 75
·
Versão
velha latina – 50
·
Anglo
– Saxônico – 7
·
Gótico
– 6
·
Sogdiano
– 3
·
Siríaco
antigo – 2
·
Medo-persa
– 2
·
Frâncio
– 1
A
comparação de manuscritos:
Merece confiança o Novo
Testamento? F.F.Bruce faz comparação entre o Novo Testamento e antigos textos
de história, e apresenta uma descrição marcante a respeito, talvez possamos
avaliar melhor quão ricos é o Novo Testamento em matéria de evidência
manuscrita, se comparar o material textual subsistente com outras obras históricas
da Antiguidade. Os manuscritos remanescentes das obras menores de Tácito provem
todos de um códice do século décimo. Conhecemos a historia de Tucídes (460-400
A.C a partir de oito manuscritos dos quais o mais antigo data de 900 A .D. e de um poucos
fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no inicio da era cristã. O
mesmo se dá com a história de Heródoto (480-425 a .C). no entanto, nenhum
conhecedor profundo dos clássicos daria ouvidos a tese de que a autenticidade
de Heródoto ou Tucídides é questionável porque os mais antigos manuscritos de
suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais.
Greenlee acrescenta que uma
vez que os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos clássicos são em
geral fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos
tanto tempo depois da redação original e o numero de manuscritos remanescentes
sejam em muitos casos, tão pequeno, está claro que, da mesma forma, fica
assegurada a credibilidade no texto do Novo Testamento. F.F.Bruce declara: “No
mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, a semelhança do Novo
Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”.
MITOS SOBRE A SEPTUAGINTA E TRADUÇÕES
MODERNAS
Achando o que não Existe
Durante
os últimos 100 anos os estudiosos europeus reivindicaram que Mateus, Marcos, Lucas,
e João realmente não contaram a verdade sobre Jesus de Nazaré. Supostamente
escritores dos Evangelhos fabricaram “histórias de milagres" e
"mitos" que fizeram o real Jesus parecer como o eterno Filho de Deus.
A verdade sobre Jesus foi perdida? Bem, realmente não. Segundo os estudiosos, a
verdade sobre Jesus poderia ser achada em um documento que eles chamaram de
"Q". “Q" é a primeira letra no alemão de Quelle, que quer dizer
"fonte". Supostamente, “Q" é o documento mais antigo e mais
fidedigno que dá a verdade sobre Jesus. Porém, ninguém jamais viu
"Q"! Só existe nas imaginações vívidas de peritos que não gostam do
Jesus dos Evangelhos.
Ao
redor da mesma época em que os estudiosos do Novo Testamento falavam sobre
"Q”, os estudiosos do Velho Testamento falavam sobre J.E.D.P. Estes são os
nomes de quatro documentos antigos nos qual o Velho Testamento é supostamente
baseado. Os editores antigos levaram pedaço por pedaço de informação destes
quatro documentos e de alguma maneira colaram tudo junto para conseguir o nosso
presente Velho Testamento. Acreditar em JEDP significa, entre outras coisas,
que Moisés não era o autor humano do Pentateuco, e se isso é verdade, Jesus
Cristo ensinou errado. Isto também significa que as escrituras de Velho
Testamento não são mais fidedignas do que lendas populares. Mas, como era o
caso com "Q", ninguém também viu alguma vez estes quatro alegados
documentos. Eu sei por que. Eles não existem.
Então
nós devemos mencionar os alegados 18 anos que Jesus estudou debaixo dos gurus
no Oriente. Os evangelhos não dizem nada sobre aquele período de tempo entre o
décimo segundo ano de vida de nosso Senhor e quando Ele começou o seu ministério
terrestre aos 30 anos de idade. Os “New Agers” adoram construir o caso deles
sobre a suposta estadia de 18 anos do nosso Senhor na Índia. “O Jesus real,
eles dizem, acreditara como um guru e cantara para as suas devoções matutinas
um profundo, ummmmm” qual é a prova para estas reivindicações surpreendentes?
Durante os recentes anos de 1800 um homem conhecido pelo nome de Nicholas
Notovitch, enquanto viajava pelo Tibet., foi informado pelos lamas do Tibete
que havia um documento de registro da visita de Jesus no Oriente, e que este
documento teria sido achado em um monastério do Himalaia. Porém, como é verdade
com "Q" e JEDP, nenhum tal documento jamais foi achado! Se a Bíblia
estivesse baseada em nenhuma evidência melhor do que isto, ela teria sido
esmagada há muitos anos atrás - e por justa causa.
Mas o que então é Septuaginta?
Muitas
reivindicações foram feitas para a Septuaginta. O prefácio da Bíblia NIV, primeira
data 1978 e revisada em 1983, afirma: Os tradutores consultaram as versões mais
antigas e importantes - a Septuaginta; Aquila, Symmachus e Teodócio. ...
Leituras destas versões foram ocasionalmente seguidas onde o Texto Masorético
parecia duvidoso e onde princípios de crítica textual apontaram para tal...
Estas testemunhas textuais pareciam prover a leitura correta. Outros alegam que
a Septuaginta nos "dá vislumbres da vida de comunidades judaicas no Egito
nos séculos imediatamente pré-cristãos, e no pensamento dos primeiros cristãos,
para quem era esta primeira Bíblia”.
Embora houvesse um
pouco de relutância, por parte dos tradutores da Bíblia pôr ênfase na
Septuaginta, isto está mudando depressa. “Considerando que quase todos reconhecem
a corrupção generalizada da LXX e assim normalmente favorecem o hebraico, a
maioria acredita agora que eles podem escolher a dedo entre os dois para
estabelecer o “texto correto”“. Mas há a possibilidade de a Septuaginta ser
aproximadamente tão real quanto “Q"? Pode a existência de a Septuaginta
ser uma fabricação usada contra a Palavra de Deus e ser outro exemplo da
agressão satânica de longa data contra as Escrituras?
ESTAS PERGUNTAS SERÃO RESPONDIDAS NA PRÓXIMA AULA
ESTAS PERGUNTAS SERÃO RESPONDIDAS NA PRÓXIMA AULA
Nenhum comentário:
Postar um comentário