segunda-feira, 4 de julho de 2016

O POVO DE DEUS - II


INTRODUÇÃO

O plano de Salvação elaborado por Deus no Jardim do Éden, é algo incontestável, “ que da semente da Mulher nasceria um homem que esmagaria a cabeça da serpente”... Gn 3-15, estes capítulos do Livro de Oséias denota não apenas o relacionamento de Deus com Israel, “seu povo”, mas também nos traz ao entendimento uma visão escatológica, salvivica, e ainda porque não dizer, uma mensagem de redenção para os outros povos, “ Lo Ami”.
Faremos nesta lição uma abordagem a respeito da intenção e/ou propósito de Deus no que diz respeito a salvação de toda humanidade, da raça adâmica ate os nossos dias.

I – A UNIFICAÇÃO DE ISRAEL E JUDÁ

Vimos na lição anterior a divisão do reino de Israel em dois, o do norte e do sul, entretanto, sempre que falamos deste assunto, colocamos a questão apenas como um fator político, social, ou até mesmo pessoal, uma rixa que surgira com Salomão e que culminaria na divisão do reino nos dias de Roboão, seu filho, entretanto, em 1 Rs 11. 26-40, observamos a profecia de que Deus dividiria o reino, mas que também o ajuntaria, I Rs 11. 39.
Não se pode atribuir apenas aos fatores terrenos a divisão do reino, pois o propósito de Deus no negocio é inconteste. Os reinos brigavam constantemente, guerras e guerras aconteceram entra os irmãos Judá e efraim, mas precisava acontecer para que se cumprisse a palavra que Deus houvera falado através do profeta.

A PROMESSA DE JEOVA.

Muitos tem interpretado a profecia do vale de ossos secos Ez 37: 1-14 como uma profecia totalmente cumprida, entratanto devemos dividi-la em duas fazes distinta.
1. os ossos recebem carne(músculos, forma física) e se Poe de pé.
2. recebem vida.
Essas duas fases identifica um Israel ainda transitando, Israel política e culturalmente não desempenhou nenhuma importante função no mundo antigo. Menor que o estado do Rio de Janeiro, como diz Dt 7,6-7: "o menor de todos os povos. É o lugar dos encontros, das batalhas, das trincheiras, vítima de todos, assaltada por uns, dizimadas por outros(Is 53,2-3). Sempre caça; sempre objeto da história.Apesar de tudo Israel é único no meio dos povos. O Antigo Testamento é a história da consciência de um povo, que em todos os fracassos, na paz e na guerra, no culto e no profano sempre e exclusivamente se deixou dirigir por Deus. É Deus que está em ação na história, conduzindo-a para um fim que só Ele estabeleceu e seu alcance é infalível. Embora o pensamento de Deus tenha sido o de Se revelar a toda a Criatura, escolheu um povo para receber essa revelação. Foi escolhido segundo a sabedoria de Deus e não por causa de uma qualificação particular. A sua História demonstra claramente que o privilégio de se ser depositário dos oráculos de Deus não requer, de início, um caráter especial de nobreza moral. Entre a família humana surgida de Noé, após o dilúvio, Abraão foi o primeiro a ser interpelado por Deus. O conhecimento do verdadeiro Deus tinha-se esbatido, misturando-se com a idolatria nascente. Naquele tempo, o testemunho de Deus era transmitido oralmente, de uma geração a outra. Apesar da longevidade da vida de então, que permitia que, pelo menos, seis gerações pudessem conviver, esta transmissão oral da Palavra de Deus não estava isenta de profundas falsificações. Por isso tornava-se indispensável uma revelação particular da parte de Deus, assim como a ação do Espírito Santo para tornar possível a manutenção da relação entre o homem e Deus.

O pensamento de Deus em relação ao Seu povo foi comunicado a Abraão, foi mencionado a Moisés e foi confirmado uma infinidade de vezes pelos profetas. Foi objeto do louvor de Israel à beira do Mar Vermelho: "Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram"(Exodo 15.17). Tal pensamento consistia em morar no meio do Seu povo e em que este fosse totalmente feliz à Sua volta. Atualmente Israel ainda está em estado de desgraça. O profeta Oseias, já o anunciara, ao dizer: "Põe-lhe o nome de Lo-ruhama, porque eu não me tornarei mais a compadecer da casa de Israel... Põe-lo o nome de Lo-ammi, porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus"(Oseias 1:6 e 9). (Lo-ruhama significa Desfavorecida, e Lo-ammi quer dizer Não-meu-povo).

OS GENTIOS

Apos a criação de Israel, ao apos a sua escolha e chamada por Deus para que fossem seu povo, temos ai a criação de uma segunda fração de povo. OS GENTIOS, que para os judeus eram todos aquele que não pertenciam a Judá, uma vez que a etimologia da Palavra JUDEU denota um adjetivo pátrio, assim sendo, todos os homens que não pertencessem a Judá seriam ESTRANGEIROS, ou GENTIOS. A rejeição do Messias por parte de Israel e a morte de Jesus atraíram sobre o povo de Israel um Terrível Juízo. A Jerusalém foi saqueada, destruída, e os seus habitantes dispersos entre todas as nações, como conseqüência direta do crime do Gólgota, entretanto os Gentios receberam o messias de Deus, e encontraram guarida, cumprido assim a dimensão total do plano de salvação, tanto para judeus como gregos, pretos brancos...E desde há perto de dois mil anos que o povo judeu sofre tribulações como nenhuma outra nação jamais conheceu. "Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!"(Mateus 27:25), e, com efeito, assim tem acontecido. Os "ghettos" (bairros onde eram confinados os Judeus), os campos de extermínio e as câmaras de gás ainda estão na memória de todos. Satanás está por detrás da cena, não o duvidemos, dado que o seu propósito consiste sempre em prejudicar o cumprimento dos desígnios de Deus; mas estes hão de realizar-se para glória do Senhor e Salvador nosso, Jesus Cristo, para plena restauração de Israel e para bênção universal. No livro deJoão 1-1 quando ele diz, “ veio para o que era seu e os seus não o receberam”, denota a criação de um povo novo, no qual Deus usaria para mostrar a salvação, a remissão dos pecados, uma que Israel fracassou no propósito que Deus estabelecera para aquele povo, entretanto, Mostrando indisfarçável aversão pela lei divina, alguns citam Romanos 2:14, isolando a expressão “os gentios que não tem lei”, para concluir erroneamente que a lei só fora dada a Israel, e que os gentios não precisam de lei. a Bíblia diz justamente o contrário, e preferimos crer nela. Em Isaías 56, por exemplo, lemos as grandes promessas feitas por Deus aos gentios que se unissem ao Seu concerto e guardassem o Sábado, hoje já não há necessidade de se guardar o sábado, mas uma coisa e certa, nós gentios e Igreja do Senhor estamos trabalhando enquanto é dia porque a noite vai chegar. A Escritura também não diz que Deus o é dos gentios? - “E porventura Deus é somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.”(Romanos 3:29). No entanto, esse Deus, reiteradamente é denominado “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Todas as bênçãos divinas foram transferidas para o gentilismo: o concerto, a lei, o evangelho, tudo, em fim.
Somos o Israel espiritual. Nada, absolutamente nada prova que a lei fora dada exclusivamente os judeus, mas o que a Bíblia claramente revela é que Deus de modo especial honrou a Israel fazendo daquele nação Seu povo escolhido e depositário de Sua lei.(Romanos 9:4). Era objetivo de Deus que Israel tornasse conhecida a Sua vontade expressa na lei, a todas as demais nações. Leia ainda Deuteronômio 4:6 a 8; Romanos 3:1 e2. E quando os gentios aceitaram a religião de Israel, também se sujeitaram à Lei de Deus.(Números 15:15 e 16; Isaías 56:6 a8).

A IGREJA

Após Israel ter rejeitado o messias, Deus agora usa os gentios para denotar sua graça e misericórdia, entretanto é possível dizer que Deus transformara este novo povo em sua Igreja amada, ou em sua Noiva amada. Tanto Judeu como Gentio apos receber e aceitar a morte e a ressurreição de Cristo lá no calvário, torna-se parte do mesmo corpo e são guiados pela mesma cabeça, CRISTO.
O apóstolo São Paulo trabalhou e aprofundou a questão teológica deste termo: Igreja, povo de Deus e atribuiu-o aos cristãos vindos do paganismo como "descendência de Abraão"(Rm 4, Gl3). Todos os que crêem em Cristo, são os verdadeiros descendentes de Abraão, portanto, o verdadeiro povo de Deus. A teologia paulina não privilegia nenhuma etnia: os benefícios e privilégios de Israel valem para todos o que crêem em Cristo: Abraão é seu pai(Rm 4.12); são herdeiros (Gl3.29; são filhos da promessa (Gl 4.28); são os eleitos(Rm 8.33); são chamados (Rm1.6s); são os amados (Rm 1.7); são os filhos de Deus(Rm 8.16; Gl3.26).Na teologia paulina, esses conceitos eram atribuídos ao contexto da idéia de povo de Deus. Aqueles que professam sua fé em Cristo estão sob a nova aliança do fim dos tempos(2 Co 3.6); refletem a glória do Senhor, o que antes, acompanhava e beneficiava apenas o povo de Israel(2 Co 3.8); são templo de Deus, habitação do Espírito Santo(1 Co 3.16); são a plantação de Deus(1 Co 3.5-9); são o edifício de Deus (1 Co3.9); são os verdadeiros cincuncisos (Fl3.3), pois a mesma se dá no coração e pelo Espírito (Rm2.29).É evidente que Paulo não trata a Igreja como o verdadeiro Israel, expressa-o indiretamente, trata-o como "Israel segundo o Espírito", o mesmo vale para os outros autores dos escritos do Novo Testamento(Tg 1.1). Esse passo teológico já foi dado no século primeiro pelos autores dos evangelhos: "Por isso vos afirmo que o Reino de Deus vos será tirado e confiado a um povo que produza seus frutos."(Mt 21.43; 8.12; Lc 20.16)
Paulo não desqualifica o Israel descrente na sua função histórico-salvífica, por isso elaborou uma teologia perene que vincula a igreja com a sinagoga(Rm 9-11). Por exemplo:Foi devido ao fracasso de Israel que a salvação alcançou as outras nações (11.11);O fracasso de Israel serve como advertência à Igreja. Assim como Deus não poupou a Israel, também não poupará a Igreja descrente. (11.20-22);A Igreja pode aprender com Israel sobre a fidelidade de Deus. (11.29; 11.1; 11.12;11.26s).Despertar o ciúme de Israel para que, assim como a Igreja, alcancem a fé. (11.11-14).Concluo, portanto, que a vinculação entre Israel e a Igreja é permanente, mostrando que a Igreja sem Israel nem sequer pode existir e, mais ainda, a Igreja perderia sua identidade se esquecesse de sua relação contínua com Israel. "Igreja como Povo de Deus" expressa bem o caráter universal e missionário da Igreja; Deus suprime na nova aliança o corte entre o único povo eleito de Israel e os muitos povos gentios, ao reunir para si um "povo dentre os povos". Essa reunião só se realiza, portanto, como acontecimento permanente da missão e da auto-superação deste povo uno rumo ao muitos povos e culturas. Para a Igreja, a missão não deve se tornar conseqüência da comunhão entre os seus, mas ambas as tendências básicas constituem somente em recíprococondicionamento, a verdadeira identidade do povo de Deus.

A EXTENÇÃO DA MENSAGEM DE OSEIAS

Esta parte da lição leva-nos para um âmbito totalmente escatológico, para tanto é preciso que haja uma harmonia e uma interatividade com os Livros de Daniel e de Apocalipse.
Vimos que a primeira fase da profecia do vale de ossos secos se cumpriu, a restauração de Israel em 1948 é prova inconteste do cumprimento cabal de metade da profecia, falta ainda o espírito que da vida, Israel esta de pe, porem sem vida, estagnado, adorando a Deus e esperando um messias que para eles ainda não veio, infelizmente quando pensarem ter chegado o messias, não o será, será o anticristo, que cessara a oferta de manjares na metade da semana e Israel verá que o messias que esperavam já havia morrido na cruz do calvário.
Israel sempre, em todos os momentos de sua historia esperou por um libertador, entratanto quando estes se levantaram ou quando Deus os levantou, vemos que Israel não o percebeu, pois sempre esperaram um homem que os livrassem das condições materiais, e que os livrassem da opressão e da escravidão, esperaram um Jesus político que os livraria da tirania de Roma, mas a mensagem de Jesus foi para liberta-los da tirania do pecado, da opressão de satanás.
No entanto, infelizmente, Israel não obedeceu, não cumpriu a missão pelo qual Javé o designara de ser luz para as nações(Is 42.6). A história de Israel nos mostra que, ao invés de tornar o nome de Deus conhecido e temido entre os povos da terra, Israel profanou aos olhos de todas as nações(Ez 36.22-23). Ele se afastou de Deus para a presença dos ídolos(Jr 5.19; 18.15; Ez 14.5-6). Seus líderes e juízes tornaram-se corruptos, favorecendo o rico e oprimindo o pobre(Is 3.14-15; Am22.6-8; 5.7, 10-12; Mq 3.1-4,9-11). A desigualdade econômica e social prevaleceu(Is 5.8; Am4.1; Mq 2.1-5). Seus pastores eram falsos(Mq 3.5-8,11).
O profeta Oséias fala da apostasia presente de Israel e de sua salvação escatológica. Oséias foi instruído a chamar um de seus filhos de "não-meu-povo", pois o Israel rejeitado não era mais o povo de Deus, e ele não era mais o seu Deus(Os 1.9; Am3.2). agora nos, a noiva de cristo somos a luz do mundo e o sal da terra.

CONCLUSAO

Não quero falar que se Israel não tivesse rejeitado o messias nós não teríamos salvação, pois creio que se isto tivesse ocorrido Deus providenciaria um outro meio para a nossa salvação, mas quero salientar que o inamovível e insofismável amor de Deus abunda de forma gloriosa na vida da igreja, que hoje É O SEU POVO, independe de que nacionalidade seja o homem, se grego, inglês, francês, judeu, brasileiro.., em cristo somos um corpo, porque Há um só Deus, e um único mediador entre Deus e os Homens, Cristo Jesus Homem, o qual deu sua vida por nós lá no calvário. Amem.


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