sábado, 16 de julho de 2016

Aula 7 (Turma Missão Shekinah)

Teorias da Inspiração Bíblica

Como a Bíblia pode ser infalível se ela foi escrita por humanos falíveis?

O fato de a Bíblia ter sido escrita por seres humanos falíveis, não faz dela um Livro defeituoso. Afinal de contas, mesmos seres humanos imperfeitos podem fazer coisas perfeitas algumas vezes, e em especial se forem supervisionados por Alguém que é infalível.
Os cristãos não afirmam que os homens que escreveram os livros da Bíblia estavam sempre certos em tudo que disseram ou fizeram. Nós simplesmente acreditamos que a Bíblia está certa quando ela afirma que Deus guiou estes homens em sua tarefa de escrever as Escrituras de modo que o resultado é um livro infalível. O apóstolo Pedro certamente disse muitas coisas erradas durante sua vida, mas Deus não permitiu que ele cometesse nenhum erro quando lhe coube à tarefa de escrever suas duas epístolas. Paulo, inspirado por Deus, ao escrever sua segunda epístola a Timóteo, afirmou classicamente que a Bíblia foi produzida por Deus e não por homens: “Toda Escritura é inspirada por Deus, e é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça” (2Tm 3:16) Podemos definir a inspiração como sendo a supervisão divina sobre os autores humanos de modo que, usando suas personalidades individuais, eles compuseram e registraram sem erro a revelação de Deus ao homem nas palavras dos autógrafos originais (Charles Ryrie).
Nós não sabemos exatamente como Deus trabalhou para cumprir o seu propósito de nos prover com uma Bíblia totalmente apurada. Mas o apóstolo Pedro nos fornece algum esclarecimento: “Nenhuma profecia jamais foi dada por vontade humana, mas homens santos, movidos pelo Espírito Santo, falaram de Deus” (2Pe :21).
Quanto à inspiração da Bíblia, há várias teorias falsas, que não podemos simplesmente ignorar, porque se não as identificarmos, poderemos até ser influenciados por elas em alguns comentários que lemos. Umas são muito antigas, outras bem recentes, e ainda outras ainda estão surgindo. Em algumas dessas teorias, a verdade vem junto com a mentira, de maneira que muitos descuidados se deixam enganar.

Será que Deus encontrou homens excepcionais, dotados de visão espiritual e dons naturais para garantirem que a Bíblia fosse uma obra perfeita? ...
Ou será que a mente do escritor ficou vazia de suas próprias ideias, enquanto Deus transferia misticamente todo o conteúdo do que deveriam escrever?

Será que ditou cada palavra tal como está escrito na Bíblia?...
Ou será que houve uma parceria intelectual e acadêmica de cada escritor?

Vejamos, então, as principais teorias da Inspiração Bíblica.

1. TEORIA DA INSPIRAÇÃO NATURAL – Procura explicar a inspiração como sendo um discernimento superior das verdades morais e religiosas por parte do homem natural. Assim como tem havido, intelectuais, filósofos, artistas, músicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte e de escrita que nunca foram superadas, também em relação às Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras.

Refutação: Esta é a noção mais repulsiva de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos. Ë bom que se diga que os escritores da Bíblia, fossem eles homens simples ou extremamente cultos, afastaram de si toda glória, confessando ser Deus o verdadeiro autor de suas palavras (2Sm.23:2; At.1:16; 28:25; Jr.1:9).

2. TEORIA DA INSPIRAÇÃO MÍSTICA OU ILUMINAÇÃO – Inspiração, segundo essa teoria provém da intensificação ou elevação das percepções religiosas de um crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, dependendo do seu grau de maturidade espiritual e intimidade com Deus, e mesmo assim alguns teriam mais percepção do que outros, ainda que fossem maduros na fé.

Refutação: Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através de muita “vida devocional”, poderia estar capacitado a escrever livros e cartas no mesmo nível de autoridade que encontramos nas Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos".

3. TEORIA DA INSPIRAÇÃO DIVINA COMUM - Compara a inspiração que atribuímos aos escritores da Bíblia ao que hoje entendemos como sendo uma “iluminação” concedida aos cristãos piedosos, em momentos de oração, adoração, meditação e reflexão na Palavra... E que os capacita a escrever, ensinar, compor, etc...

Refutação: De fato, existe um tipo de “inspiração comum” concedida pelo Espírito Santo aos que creem e se dedicam ao SENHOR, mas ela se distingue da inspiração conferida aos escritores da Bíblia e, pelo menos dois sentidos:

3.1 - Trata-se de uma “inspiração gradativa”, isto é, o Espírito pode conceder maior ou menor conhecimento e percepção espiritual ao crente, à medida que este ora, se consagra e se santifica; ao passo que a inspiração dos escritores da Bíblia não admite graus: o escritor era ou não era inspirado.

3.2 - A “inspiração comum” pode ser permanente (1Jo 2:27), enquanto que a inspiração concedida aos escritores da Bíblia era temporária. Centena de vezes encontrou esta expressão dos profetas "e veio a mim a palavra do Senhor...", indicando o momento em que Deus os tomava para transmitir sua mensagem.

4. TEORIA DA INSPIRAÇÃO PARCIAL - Ensina que partes da Bíblia são inspiradas e outras não. Afirma que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas que apenas contém a Palavra de Deus.

Refutação: Se esta teoria fosse verdadeira, estaríamos em grande confusão, porque quem poderia dizer quais as partes que são inspiradas e as que não o são? A própria Bíblia refuta essa ideia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino...” (2Tm 3:16); e também “...nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram  da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (1Pe 1:20,21).

5. TEORIA DO DITADO VERBAL – Segundo esse pensamento, a inspiração da Bíblia aconteceu como um ditado literal da Palavra de Deus aos escritores, como uma espécie de “transe”, onde praticamente não havia lugar para a atividade intelectual, para a formação acadêmica, nem mesmo para o estilo de cada escritor.

Refutação: Mas esta atividade e este estilo são patentes em cada livro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de fatos conhecidos (Lc 1:4). Pedro, que tinha uma maneira simplificada de escrever, fez menção ao estilo mais elaborado do apóstolo Paulo: “... como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (1Pe 3:15,16).
Esta falsa teoria faz dos escritores verdadeiras máquinas, que anotam o que lhes é ditado, sem qualquer noção do que estão fazendo. Deus não falou com os escritores como quem fala através de um alto-falante. Ele usou também as faculdades mentais dos que escreveram. A inspiração não anulou a participação do autor, nem a intenção do escritor diminuiu o poder da inspiração: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé...” (Jd 1:3).

6. TEORIA DA INSPIRAÇÃO DAS IDÉIAS - Ensina que Deus inspirou as ideias contidas na Bíblia na mente dos autores... Apenas as ideias, mas nenhuma Palavra... Segundo essa teoria, as palavras registradas por escrito são de responsabilidade exclusiva dos escritores – eles teriam colocado no papel, à sua maneira, as ideias que lhes foram inspiradas.

Refutação:
_ Ora, qual seria a definição mais precisa de PALAVRA? _ Palavra é a expressão do pensamento! Ë a verbalização daquilo que se pensa!
_ Mas, como é que uma ideia pode ser formulada sem o uso de palavras, ainda que no pensamento?
_ E como é que uma ideia pode ser exposta, em sua exatidão, sem o uso das palavras que deram vida a essa ideia?
_ Portanto, uma ideia ou pensamento inspirado só pode ser expresso por meio de palavras inspiradas. Se Deus deu “ideias inspiradas”, Ele as deu através de “palavras inspiradas”
_ Ninguém há que possa separar a palavra da ideia. A inspiração da Bíblia não foi somente "pensada", foi também "falada".
_ “porque nunca qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2Pe 1:21).
_ “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...” (Hb 1:1).
_ “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (1Co 2:13).

7. A TEORIA CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA – É a chamada teoria da inspiração plena ou verbal. Ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não são como máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi Palavra de Deus. Assim, a inspiração plena ou verbal é o poder inexplicado do Espírito Santo orientando e conduzindo os escritores escolhidos por Deus na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais (1Jo.1:1-4)., fontes orais ou verbais (Lc.1:1-4; At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1).., ou através de revelação divina direta (Ap.1:1-2; Gl.1:12), preservando-os de erros e omissões, de maneira a garantir a Inerrância das Escrituras, e dando à Bíblia autoridade divina.
_ Explicar como Deus agiu no homem, é tarefa difícil! Se já é complicado entender o entrosamento do nosso “ser espiritual” com o nosso “ser corpóreo” espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem! Ao aceitarmos Jesus como salvador aceitamos também as Escrituras como revelação de Deus. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento. Depois disso nenhum outro escritor, nenhum outro servo de Deus pode ser considerado inspirado no sentido bíblico.

A autoria bíblica é, portanto Divina e Humana, simultaneamente:

Autoria Divina: Do lado divino, as Escrituras são a Palavra de Deus, no sentido de que se originaram nele e são a expressão de Sua mente. Em 2Tm.3:16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus).
A referência aqui é ao que foi escrito. Então Deus “sopra” Sua Palavra na mente do escritor (expiração), e este, por sua vez, ao receber este “sopro” inspira (inala) a Palavra de Deus a qual será processada em uma mente humana, recebendo dela sua influência, isto é a maneira de se expressar.

Autoria Humana: Na perspectiva humana vemos certos indivíduos escolhidos por Deus com a responsabilidade de receberem (inalarem) a Palavra e transformá-la em escrita. Em
2Pe.1:21 encontramos a referência aos "Homens santos de Deus que falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos).
A própria Bíblia reconhece a autoria dual (Divina e Humana) em seu registro. Veja, por exemplo, que Mateus (15:4) registra que Deus ordenou: “Honra a teu pai e a tua mãe. E quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte”. Mas Marcos (7:10) registra o mesmo texto dizendo que foi Moisés quem ordenou essa conduta. E não há contradição – Deus é o autor desse mandamento, mas Ele usou Moisés para transmiti-lo aos homens. Em muitas outras passagens percebemos essa dualidade na autoria das Escrituras (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41). Deus opera de modo misterioso usando a vontade humana, sem anulá-la e sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido. Neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17).

RESUMINDO: Inspiração é a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (2Co.10:13; 2Tm.3:16; 2Pe.1:20,21).

Provas da Inspiração Bíblica

1. O Testemunho da Arqueologia – Dr. Melvin Grove Kyle, um famoso arqueólogo internacional, já disse que nenhuma descoberta arqueológica nos últimos cem anos invalidou de algum modo qualquer simples declaração da Bíblia. Pelo contrário, a descoberta tem confirmado as Sagradas Escrituras de modo admirável.
2. O Testemunho das Vidas Transformadas – Sua influência sobre o caráter e a conduta de milhares de pessoas ao longo da história.
3. O Testemunho da Unidade – O fato de ter sido escrita num período de cerca de 1600 anos por 40 autores diferentes, sem qualquer contradição, faz-nos pensar um pouco.
4. O Testemunho das Profecias Bíblicas – João 10: 35. Mais de 300 profecias do Antigo Testamento convergem para a pessoa do Senhor Jesus Cristo (Lucas 24: 27, 44 – 49).
“O problema dos opositores da Bíblia é que eles não têm nada melhor para oferecer!”

AS LINGUAGENS

 O A.T foi escrito quase toda sua totalidade em Hebraico - Com algumas palavras em aramaico. Hebraico- A língua hebraica foi falada pelos israelitas durante sua independência. Era considerada a “língua sagrada”, No AT é chamada de “a língua de Canaã ou a dos Judeus (II Reis 18.26 a 28; Is. 19.18; 36.13)”. Foi à língua dos habitantes de Canaã e Fenícia. Aramaico - A língua do povo de Arã. Ela propagou-se por toda a parte, exerceu influência sobre o hebraico. No tempo de Jesus, era a linguagem popular de a palestina

A Bíblia foi escrita em aramaico, hebraico e grego. O aramaico (siríaco) e hebraico são línguas semíticas e o grego, e posteriormente o latim, são de origem indo-europeia.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

AULA 6 (TURMA MISSÕES SHEKINAH)

BIBLIOLOGIA

Significado: 

substantivo feminino
bibl ciência da história e da composição material do livro, em todos os seus aspectos

CÂNON: A palavra cânon tem raiz na palavra cana, junco (do hebraico Geneh, através do grego kanon). O junco era usado como uma vara de medir, e por fim, veio a significar padrão.
A palavra veio a ser usado por Orígenes, como regra de fé, o padrão pelo qual devemos medir e avaliar, mais tarde teve o sentido de lista ou rol. Aplicada as escrituras à palavra Cânon significa “uma lista de livros, oficialmente aceitos”. Deve-se ter em mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio. Foram inspirados por Deus ao serem escritos.
TESTES PARA INCLUSÃO DE UM LIVRO NO CANON:
Não sabemos exatamente quais foram os critérios que a igreja primitiva usou para escolher os livros canônicos. Possivelmente houve cinco princípios orientadores, empregados para determinar se um livro do novo testamento era ou não canônico, se era ou não escritura:
1-   Revela autoridade
2-   É profético
3-   É autentico
4-   É dinâmico
5-   E aceito guardado, lido e usado.

FATORES DETERMINANTES DA NECESSIDADE DO CANON DO ANT. TESTAMENTO:
A destruição de Jerusalém e do templo, em 70 A.D., acabou com o sistema sacrifical judaico. Muito embora o cânon do antigo testamento estivesse fixado na mente judaica bem antes de 70 A.D. era necessário algo mais definitivo. Os judeus se encontravam espalhados e precisavam definir que livros tinham a palavra oficial de Deus devido à existência de muitos textos estra-escrituristico e a descentralização. Os judeus se tornaram o povo de um livro especifico, e foi esse livro que os mantiveram juntos. O cristianismo começava a florescer e muitos textos, de autoria de cristãos, principiavam a circular. Os judeus necessitavam desmoralizar de modo marcante esses textos, bem como impedir que fossem aceitos junto com os seus próprios escritos e usados nas sinagogas. É preciso ter cuidado em se fazer separação entre o cânon hebraico, as escrituras e a grande variedade de literatura religiosa existente.



O CANON HEBRAICO:
 A lei (Torah)
·        Gênesis
·        Êxodo
·        Levítico
·        Números
·        Deuteronômio

Os escritores (Kethubyim ou Hagiographa)
·        Livros poéticos
·        Salmos
·        Provérbios
·       

Os profetas (Nbhim)
·        Josué
·        Juízes
·        Samuel
·        Reis

Profetas posteriores
·        Isaías
·        Jeremias
·        Ezequiel
·        Os doze

Os cincos rolos (Megillothot)
·        Cântico dos cânticos
·        Rute
·        Lamentações
·        Ester
·        Eclesiastes

Livros históricos
·        Daniel
·        Esdras e Neemias
·        Crônicas

Embora a igreja cristã adote o mesmo cânon do Antigo Testamento, o número de livros difere porque dividimos Samuel, Reis, Crônicas, etc. em dois livros cada um; os judeus também consideram os profetas menores como um único livro. A ordem dos livros também é diferente. O antigo testamento dos protestantes segue uma sequência de assuntos em vez de uma sequência oficial.
O TESTEMUNHO DE CRISTO A RESPEITO DO CANON DO ANTIGO TESTAMENTO:
Lc.24:44 – No cenáculo Jesus disse aos discípulos: “que se importava que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”. Com essas palavras Ele mencionou as três divisões da Bíblia hebraica – a Lei, os profetas e os Escritos. (aqui chamados de Salmos, provavelmente porque o livro de Salmos é o primeiro e o mais longo livro dessa terceira divisão). Desde o sangue de Abel até ao de Zacarias, Jesus confirma o testemunho que dá acerca da extensão do cânon do antigo testamento. Abel, como todos sabe foi o primeiro mártir (Gn.4:8). Zacarias é o último mártir citado (de acordo com a ordem dos livros do antigo testamento hebraico) foi apedrejado enquanto profetizava ao povo, no pátio da casa do Senhor. Gênesis era o primeiro livro no cânon hebraico, Crônicas, o último. Em outras palavras, Jesus disse de gênesis a crônicas, ou diríamos de acordo com a nossa ordem dos livros de gênesis a Malaquias.
TESTEMUNHO DE ESCRITOS NÃO BIBLICOS:
O mais antigo registro de uma divisão tríplice do antigo testamento é o prólogo do livro de Eclesiástico, escrito por volta de 130 a.C, o prólogo está escrito pelo neto do  autor, diz a lei, e os profetas, e os outros livros dos pais, existiam três divisões bem nítidas das escrituras.
Josefo, o historiador judeu que viveu no final do primeiro século depois de Cristo, escreve. Tenazmente temos nos apegado a esses livros da nossa própria nação, fica evidente através daquilo que fazemos, pois durante as tantas eras que já tem passado ninguém foi tão audaz ao ponto de acrescentar alguma coisa aos livros ou de retirar alguma coisa, mas torna-se natural a todos os judeus, sendo algo espontâneo que ocorre desde o próprio nascimento, considerar que esses livros contêm doutrinas divinas, perseverar nelas e estar dispostos a, caso necessário, morrer por elas. Pois não é novidade para nossos cativos, que são em grande número, serem frequentemente vistos suportando nas arenas todo tipo de torturas e mortes, a fim de não serem obrigados a pronunciar uma única palavra contra nossas leis e contra os registros que as contêm.
TESTEMUNHO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DO ANTIGO TESTAMENTO COMO SENDO ESCRITURA SAGRADA:
Mt. 21:42 – 22:29 – 26:54-56, Lc. 24, João. 5:39 – 10:35, Atos. 17:2 – 11;18:28, Romanos. 1:2-4 – 9:17 – 10:11 – 15:4 – 16:26, Coríntios. 15:3-4, Gálatas. 3:8 – 3:22 – 4:30, 1.Timóteo. 5:18, 2. Timóteo. 3:16, 2. Pedro. 1:20 – 21 – 3:16
A LITERATURA APOCRIFA DO ANTIGO TESTAMENTO
A palavra, apócrifo vem do grego “apokruphos” e significa oculto ou escondido.
Jerônimo, que viveu no quarto século, foi o primeiro a chamar de apócrifo esse grupo de livros. Os apócrifos são os livros acrescentados ao antigo testamento pela igreja católica (no concílio de Trento em 1548 D.C. que colocou os doze livros apócrifos não inspirados). Os quais os protestantes afirmam não serem canônicos.
Porque não canônicos? Quais as razões para a exclusão?
1-   Estão repletos de discrepâncias e anacronismo históricos e geográficos
2-   Ensinam doutrinas falsas que incentivam praticas divergentes das ensinadas pelas escrituras inspiradas.
3-   Apelam para estilos literários e apresentam uma artificialidade no trato do assunto, com um estilo que destoado das escrituras inspiradas.
4-   Faltam-lhes os elementos distintivos que conferem caráter divino as autenticas escrituras, como, por exemplo, a autoridade profética e o sentimento poético e religioso. 

Antigo testamento - estes livros refletem as duas correntes rabínicas:
1-   Haggádico ou histórico – inclinando-se para o apocalíptico. Escrito originalmente em hebraico ou aramaico, mas conservado somente no grego, dividem-se em três grupos:
·  Históricos – livro dos jubileus, vida de Adão e Eva, Ascenção de Isaías, III Esdras, Macabeus, O testamento de Moisés, Eldade e Medade, História de João Hircano.
·  Didáticos – Testamento dos doze patriarcas, Salmos de Salomão, Oração de Manasses e IV Macabeus.
·  Apocalípticos – Livro de Enoque, Ascenção de Moisés, IV Esdras, Apocalipse de Baruque, Apocalipse de Elias, Apocalipse de Ezequiel, Oráculos Sibilinos.

A igreja Romana, por soluções do Concílio de Trento em 1545, aceita apenas os seguintes livros apócrifos: Judite, Tobias, Acréscimo de Ester, Livro da sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Acréscimo a Daniel, 1. Macabeus, e II Macabeus.
O novo testamento:
·        Itinerário de Paulo
·        Itinerário de Pedro
·        Itinerário de João
·        Itinerário de Tomé
·        Didaché
·        I e II Epístola de S. Clemente.
·        Epístola de Inácio
·        Epístola de Policarpo
·        A Epístola de Hermas
·        Evangelho segundo Tomé
·        Historia de Tiago
·        O Apocalipse de Pedro
·        Itinerário e Ensino dos Apóstolos
·        Cartas de Barnabé
·        Atos de Paulo
·        O Apocalipse de Paulo
·        Didascália de Clemente
·        Didascália de Inácio
·        Didascália de Policarpo
·        Evangelho segundo Barnabé
·        Evangelho segundo Mateus
·        Evangelho aos Hebreus, etc., etc.

A igreja Romana, bem como as igrejas evangélicas, rejeitam categoricamente todos os apócrifos do novo testamento.
PSEUDOEPÍGRAFOS:

Pseudepigrafia é o estudo dos pseudoepígrafos ou pseudo-epígrafos, que são textos antigos, aos quais é atribuída falsa autoria.

Este termo é usado para designar livros de autores falsos. Surgiram muitos livros religiosos com nomes falsos na sua autoria, por isso são chamados pseudoepígrafos.
Ex.ª: livros dos mórmons. A maioria destes livros Apócrifos e pseudoepígrafos surgiram durante o período Inter bíblico, que durou 400 anos, durante estes ano; Deus não falou por meio de seus profetas.
Livros Pseudoepígrafos: A carta de Aristéias, Salmos de Salomão, Ascensão de Isaías, IV. Macabeus, Oráculos Sibilinos, Enoque, Ascensão de Moisés, IV Esdras, Apocalipse de Baruque, etc.
Breves comentários sobre os livros pseudoepígrafos:        
·        O mais importante apocalipse deste gênero de obras é o livro de Enoque – embora não se saiba se atribuí-lo a uma determinada época o a um acumulação graduada de tradições atribuídas a Enoque entre o ano 200 A.C.  e as primeiras décadas do século I, da nossa era. O certo é que se trata de uma obra que trouxe uma contribuição especial ao conceito do messias celeste e o filho do homem.

·        O livro dos jubileus – comenta o gênesis, frisando que a lei foi observada desde os mais remotos tempos e dividindo a historia em períodos de jubileus, isto é, quarenta e nove anos (sete semanas de anos) data aproximadamente de cerca do ano 100 A.C.

·        Os testamentos dos doze patriarcas – deve ser uma obra contemporânea da anterior, cujo objetivo é apresentar os últimos conselhos e profecias de cada um dos doze filhos de Jacó, quando moribundos.

·        Os oráculos Sibilinos – são obras judaicas que, a imitação das profecias pagãs de Sibilia, pretende divulgar o pensamento hebraico entre os gentios. Não vão além do século II. A.C.

·        A assunção de Moisés – deve ter sido publicada o tempo de Cristo e procura narrar à história do mundo, em forma de profecia, desde Moisés até ao tempo do autor.

·        O livro segredos de Enoque (II Enoque) supõem I Enoque e embora se apresentem outras datas posteriores, não deve ir além do ano 50 da nossa era. Descrevem pormenorizadamente os sete céus e antecipa em mil anos o reinado de Deus na terra.

·        O apocalipse Siríaco de Baruque – (II Baruque) depende, sem duvida, de II Esdras, e há quem pretenda atribuí-lo ao escriba de Jeremias. Foi escrito nas ultimas décadas do século I da nossa era.

·        O apocalipse grego de Baruque (III Baruque), se bem que tenha certas afinidades com o anterior, é completamente independente e atribuísse-lhe uma data posterior.

·        Os salmos de Salomão – abrange dezoito salmos que no fim de contas são da autoria dum fariseu, e remontam a segunda metade do século I, da era cristã. O estilo não difere muito do dos salmos canônicos.

·        III. Macabeus – fala-nos da tentativa de massacre dos judeus no reinado de Ptolomeu Filopator (222-205 a.C.). E termina com a vingança triunfante do povo escolhido.

·        IV. Macabeus – é um tratado filosófico a ilustrar a tese do autor no caso dos mártires macabeus.

·        A carta de Aristeas – descreve as supostas circunstancias em que se fez a traduções da Bíblia hebraica para o grego.

·        O martírio de Isaías – como o titulo sugere, afirma que Isaías foi serrado ao meio. Há quem julgue ter sido escrito no século I, de nossa era, mas provável que a obra que o inspirou.

·        Ascensão de Isaías - seja inteiramente cristã e, portanto muito posterior.

·        Livros de Adão e Eva – presta inúmeras informações acerca da vida dos nossos primeiros pais e supõe-se terem sido publicados no século I, da era de Cristo.

·        Pirke Aboth – ou as sentenças dos pais, são um da coleção de provérbios da autoria de rabis celebres copilados desde o século III A.C. até o século III da nossa era cristã.

·        A história de Aicar – contém uma lenda do século V, A.C. a cerca das aventuras daquele tempo.

·        Zadoquitas – são fragmentos e relatos dum partido judaico que teve origem numa separação dos saduceus, data dos últimos anos A.C. ou dos primeiros da nossa era.

·        O apocalipse de Abraão e o testamento de Abraão – do século I, da era cristã, são obras judaicas com passos de literatura do cristianismo.

·        As vidas dos profetas – conforme o titulo, são narrações biográficas dos profetas, da mesma data que os dois livros anteriores, e do mesmo modo divulgados pelos cristãos.

·        O testamento de Jó – se bem que somemos importância, supõe-se ter sido escrito no século I, A.C.

ALGUNS EXEMPLOS DA NÃO ACEITAÇÃO DOS APÓCRIFOS:
Os livros apócrifos não foram aceitos porque ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de exorcismo. Sem fundamento divino. O numero de livros apócrifos é quase infinito. Diversas tentativas foram feitas com a finalidade de catalogá-los, todas, porém, em vão, pois nenhuma delas inclui a totalidade.
1-   Tobias: historias fictícias, lendárias e absurdas – um peixe monstruoso saiu do rio para lhe pegar... Um anjo o mandou puxar o peixe para fora do rio.
2-   Coração de um peixe tem o poder para expulsar demônios.
3-   Orações pelos mortos
4-   Falsas curas
5-   Salvação por esmolas e obras
6-   Alteração de destino na alma, após a morte.
7-   A falsa doutrina do purgatório
8-   Anjos que mentem
9-   Pessoas que fazem jejum todos os dias de suas vidas

Testemunho histórico sobre a sua não inclusão no cânon:
1-   Filo, um filosofo judeu de Alexandria (20 a.C – 40 a.d), foi prolífico nas citações do Antigo Testamento e até chegou a reconhecer a divisão tríplice da Bíblia hebraica, mas jamais citou os apócrifos como sendo inspirados.

2-   O historiador judeu Josefo (30-100 A.D), exclui claramente os apócrifos, informando ser 22 os livros do Antigo Testamento. Também não cita esses livros como escrituras.

3-   Jesus, e os escritores do Novo Testamento nem uma única vez citam os apócrifos, muito embora haja centenas de citações e referencias de quase todos os livros canônicos do Antigo Testamento.

4-   Os estudiosos judeus reunidos em Jâmmia (90 A.D.) não reconhecem os apócrifos.

5-   Nenhuma deliberação ou concilio da igreja cristã, nos primeiros séculos, reconheceu os apócrifos como sendo inspirados.

6-   Muitos dos pais da igreja antiga atacaram os apócrifos, como por exemplo: Orígenes, Cirilo de Jerusalém, e Atanásio.

7-   Jerônimo, (340-420), o grande erudito e tradutor da Vulgata, rejeitou que os apócrifos fossem partes do cânon. Ele travou uma disputa sobre essa questão com Agostinho, estando ambos fisicamente separados pelo mar mediterrâneo. Inicialmente recusou até mesmo traduzir os livros apócrifos para o latim, mas posteriormente fez uma tradução apressada de alguns deles, depois de sua morte, literalmente sobre o seu cadáver, os livros apócrifos foram incorporados à vulgata de Jerônimo, tirados diretamente da versão latina.

8-   Durante o período da reforma muitos estudiosos católicos rejeitaram os apócrifos.

9-   Lutero e os reformadores rejeitaram a canonicidade dos apócrifos.

10-Não foi senão em 1546 A.D. numa atitude polemica tomada no concilio de Trento, dentro da contrarreforma, que os livros apócrifos receberam pleno reconhecimento canônico por parte da igreja católica Romana.

TESTES PARA A INCLUSÃO DE UM LIVRO NO CANÔN DO NOVO TESTAMENTO.
O fator para determinar a canonicidade do Novo Testamento foi à inspiração divina, e o principal teste da inspiração foi a apostolicidade.
Geisler e Nix. Detalham a respeito: na terminologia do Novo Testamento, a igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, (Ef. 2:20), os quais Cristo prometera que, pelo Espírito Santo, iriam guiar a toda verdade. (João. 16:13). Atos 2:42, diz que a igreja de Jerusalém preservou na doutrina dos apóstolos e na comunhão, a palavra apostolicidade, conforme empregada para designar o teste de canonicidade, não significa obrigatoriamente autoria apostólica, nem aquilo que foi preparado sob a direção dos apóstolos.
O teste básico da canonicidade é a autoridade apostólica, ou a aprovação apostólica, e não simplesmente autoria apostólica. Gaussen, Warfield.
N.B. Stonehouse, afirma que a autoridade apostólica, que se revela no Novo Testamento nunca está divorciada da autoridade do Senhor. Há nas epístolas um constante reconhecimento de que na igreja só existe uma única autoridade absoluta, a autoridade do próprio Senhor, sempre que os apóstolos falam com autoridade, fazem-no exercendo a autoridade do Senhor. Dessa forma, por exemplo, quando Paulo defende a sua autoridade de apóstolo, baseia-se única e exclusivamente na comissão recebida do Senhor. Gl. 1 e 2, quando evoca o direito da validade da igreja, declara que sua palavra tem a autoridade do Senhor, mesmo quando nenhuma palavra especifica do Senhor tenha sido transmitida (1. Cor.14:37 – 7:10). O único que, no Novo Testamento fala com uma autoridade interna e que se impõe por sim mesmo é Jesus.
Os concílios da igreja. É um tanto parecida com a do Antigo Testamento, quando a igreja elaborou a lista dos vinte e sete livros do novo Testamento, não lhe conferiu qualquer autoridade que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida. (a decisão do sínodo de Hipona foi repromulgada quatro anos depois pelo terceiro sínodo de Cartago). Desde então não tem havido qualquer restrição séria aos 27 livros aceitos no Novo Testamento, quer por católicos Romanos quer por protestantes.

A CREDIBILIDADE DA BÍBLIA
O teste Bibliográfico da credibilidade do Novo Testamento: O Teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que nos dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente.
F. E. Peters ressalta que se baseando apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos cristãos foram os livros antigos mais frequentemente copiados e mais amplamente divulgados.
Evidências dos manuscritos acerca do Novo Testamento:
Atualmente sabe-se da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento, acrescentem-se a esse numero mais de 10.000 manuscritos da vulgata latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões e teremos hoje mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento. Nenhum outro documento da história antiga chega perto desses números e dessa confirmação. Em comparação a Ilíada de Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobreviveram até hoje.
Um quadro estatístico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:
Grego:
·        Unciais - 267
·        Minúsculas – 2.764
·        Lecionários – 2.143
·        Papiros - 88
·        Achados recentes – 47 
     Total – 5.309
Outras versões:
·        Versão latina – mais de 10.000
·        Etiópico – mais de 2.000
·        Eslavônico – 4.101
·        Armênio – 2.587
·        Versão Siríaca (peshita) mais de 350
·        Copta – 100
·        Árabe – 75
·        Versão velha latina – 50
·        Anglo – Saxônico – 7
·        Gótico – 6
·        Sogdiano – 3
·        Siríaco antigo – 2
·        Medo-persa – 2
·        Frâncio – 1

A comparação de manuscritos:
Merece confiança o Novo Testamento? F.F.Bruce faz comparação entre o Novo Testamento e antigos textos de história, e apresenta uma descrição marcante a respeito, talvez possamos avaliar melhor quão ricos é o Novo Testamento em matéria de evidência manuscrita, se comparar o material textual subsistente com outras obras históricas da Antiguidade. Os manuscritos remanescentes das obras menores de Tácito provem todos de um códice do século décimo. Conhecemos a historia de Tucídes (460-400 A.C a partir de oito manuscritos dos quais o mais antigo data de 900 A.D. e de um poucos fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no inicio da era cristã. O mesmo se dá com a história de Heródoto (480-425 a.C). no entanto, nenhum conhecedor profundo dos clássicos daria ouvidos a tese de que a autenticidade de Heródoto ou Tucídides é questionável porque os mais antigos manuscritos de suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais.
Greenlee acrescenta que uma vez que os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos clássicos são em geral fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos tanto tempo depois da redação original e o numero de manuscritos remanescentes sejam em muitos casos, tão pequeno, está claro que, da mesma forma, fica assegurada a credibilidade no texto do Novo Testamento. F.F.Bruce declara: “No mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, a semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”.



MITOS SOBRE A SEPTUAGINTA E TRADUÇÕES MODERNAS
Achando o que não Existe
Durante os últimos 100 anos os estudiosos europeus reivindicaram que Mateus, Marcos, Lucas, e João realmente não contaram a verdade sobre Jesus de Nazaré. Supostamente escritores dos Evangelhos fabricaram “histórias de milagres" e "mitos" que fizeram o real Jesus parecer como o eterno Filho de Deus. A verdade sobre Jesus foi perdida? Bem, realmente não. Segundo os estudiosos, a verdade sobre Jesus poderia ser achada em um documento que eles chamaram de "Q". “Q" é a primeira letra no alemão de Quelle, que quer dizer "fonte". Supostamente, “Q" é o documento mais antigo e mais fidedigno que dá a verdade sobre Jesus. Porém, ninguém jamais viu "Q"! Só existe nas imaginações vívidas de peritos que não gostam do Jesus dos Evangelhos.
Ao redor da mesma época em que os estudiosos do Novo Testamento falavam sobre "Q”, os estudiosos do Velho Testamento falavam sobre J.E.D.P. Estes são os nomes de quatro documentos antigos nos qual o Velho Testamento é supostamente baseado. Os editores antigos levaram pedaço por pedaço de informação destes quatro documentos e de alguma maneira colaram tudo junto para conseguir o nosso presente Velho Testamento. Acreditar em JEDP significa, entre outras coisas, que Moisés não era o autor humano do Pentateuco, e se isso é verdade, Jesus Cristo ensinou errado. Isto também significa que as escrituras de Velho Testamento não são mais fidedignas do que lendas populares. Mas, como era o caso com "Q", ninguém também viu alguma vez estes quatro alegados documentos. Eu sei por que. Eles não existem.
Então nós devemos mencionar os alegados 18 anos que Jesus estudou debaixo dos gurus no Oriente. Os evangelhos não dizem nada sobre aquele período de tempo entre o décimo segundo ano de vida de nosso Senhor e quando Ele começou o seu ministério terrestre aos 30 anos de idade. Os “New Agers” adoram construir o caso deles sobre a suposta estadia de 18 anos do nosso Senhor na Índia. “O Jesus real, eles dizem, acreditara como um guru e cantara para as suas devoções matutinas um profundo, ummmmm” qual é a prova para estas reivindicações surpreendentes? Durante os recentes anos de 1800 um homem conhecido pelo nome de Nicholas Notovitch, enquanto viajava pelo Tibet., foi informado pelos lamas do Tibete que havia um documento de registro da visita de Jesus no Oriente, e que este documento teria sido achado em um monastério do Himalaia. Porém, como é verdade com "Q" e JEDP, nenhum tal documento jamais foi achado! Se a Bíblia estivesse baseada em nenhuma evidência melhor do que isto, ela teria sido esmagada há muitos anos atrás - e por justa causa.
Mas o que então é Septuaginta?
Muitas reivindicações foram feitas para a Septuaginta. O prefácio da Bíblia NIV, primeira data 1978 e revisada em 1983, afirma: Os tradutores consultaram as versões mais antigas e importantes - a Septuaginta; Aquila, Symmachus e Teodócio. ... Leituras destas versões foram ocasionalmente seguidas onde o Texto Masorético parecia duvidoso e onde princípios de crítica textual apontaram para tal... Estas testemunhas textuais pareciam prover a leitura correta. Outros alegam que a Septuaginta nos "dá vislumbres da vida de comunidades judaicas no Egito nos séculos imediatamente pré-cristãos, e no pensamento dos primeiros cristãos, para quem era esta primeira Bíblia”.
Embora houvesse um pouco de relutância, por parte dos tradutores da Bíblia pôr ênfase na Septuaginta, isto está mudando depressa. “Considerando que quase todos reconhecem a corrupção generalizada da LXX e assim normalmente favorecem o hebraico, a maioria acredita agora que eles podem  escolher a dedo entre os dois para estabelecer o “texto correto”“. Mas há a possibilidade de a Septuaginta ser aproximadamente tão real quanto “Q"? Pode a existência de a Septuaginta ser uma fabricação usada contra a Palavra de Deus e ser outro exemplo da agressão satânica de longa data contra as Escrituras?

ESTAS PERGUNTAS SERÃO RESPONDIDAS NA PRÓXIMA AULA