quarta-feira, 15 de junho de 2016

A REBELIÃO E A CONTRADIÇÃO DE CORÁ

Judas faz a sétima e última ilustração a respeito do perigo da rebeldia representado pelos falsos mestres. O exemplo, agora, é Corá(ou Coré), que, embora distinguido com importante função entre os levitas, acabou por se rebelar contra Moisés e a fomentar para si e seus seguidores a destruição.
INTRODUÇÃO

- O exemplo de Corá, a última ilustração feita por Judas, mostra-nos que o perigo da rebeldia está presente mesmo para aqueles que têm alguma distinção, como, aliás, ocorreu com o próprio querubim ungido. Apesar de ser pessoa de reputação e posição no meio do povo de Israel (assim como os que o seguiram, cfe.Nm.16:2), Corá, almejando o poder além do que Deus lhe concedeu, procurou mostrar-se humilde e interessado em beneficiar o povo e, nesta rebelião e contradição, acabou por alcançar tão somente a destruição. Que Deus nos guarde de termos este mesmo espírito e que sejamos humildes de coração (cfe.Mt.11:29), verdadeiramente obedientes (Fp.2:5-8), para que possamos ter a vida eterna.


I - QUEM ERA CORÁ

- Corá (ou Coré), cujo nome significa "calvo", era da tribo de Levi e primo de Moisés(Ex.6:18,20,21; Nm.16:1), fazendo parte da família dos coatitas, cuja tarefa era o transporte de instrumentos do santuário(Nm.4:15). Gozava, então, de boa reputação e posição no meio do povo de Israel, embora isto não tenha sido suficiente para impedir que se rebelasse e almejasse assumir uma posição de comando, pondo tudo a perder, já que acabou destruído com seus seguidores.
OBS: "Coré representa o cisma, a usurpação da autoridade legítima e a revolta, heresias essas que causam divisões eclesiásticas, contendas que dividem os irmãos na fé. Todos quanto se preocupam com estas coisas são os filhos espirituais de Coré. Consideremos os casos de Diótrefes(II Jo. 9 e s), de Alexandre, o latoeiro ( II Tm.4:14) e de Janes e Jambres ( IITm.3:8)...." (R.N.CHAMPLIN, O novo Testamento Interpretado, v.6, p.338).
- Diz a tradição judaica que Coré, além desta posição social, era dotado de riqueza superior até a de Arão, o que tem respaldo bíblico, pois a Bíblia que nos dá a entender que Coré, bem como Datã e Abirão, tinham patrimônio considerável(Nm.16:26,32).
OBS: "...Coré, que era muito considerado entre os hebreus tanto por sua descendência, como por suas riquezas, e cujas palavras eram tão persuasivas, que causavam grandíssima impressão no espírito do povo, concebeu tanta inveja, por ver Moisés elevado a tal autoridade e preferido a ele, embora fosse da mesma tribo e muito mais rico... 'E, se, ao contrário(seriam estas afirmações de Coré na sua rebelião, segundo Josefo, observação nossa), a antigüidade das tribos fosse considerada, teria sido necessário conceder essa honra à de Ruben, e dá-la a Datã, Abirão e Falá, que eram os mais velhos e os mais ricos dessa tribo!" (Flávio JOSEFO. Trad. de Vicente Pedroso. História dos hebreus, v.1, CPAD, 1990, p.85)
- Além de Corá, também lideraram a rebelião três outras pessoas (Nm.16:1), a saber:
a) Datã - Seu nome significa "fonte" ou "manancial". Membro da tribo de Ruben, da família de Eliabe, era também pessoa de patrimônio considerável e que pertencia a uma tribo que tinha certo ressentimento, pois Ruben era a tribo do filho primogênito de Jacó, primogenitura, porém, que não havia se traduzido em proeminência perante as demais tribos, diante de pecado cometido por Ruben, que se deitara com a concubina de seu pai (cfe.Gn.49:3,4).
b) Abirão - Seu nome significa "exaltado" ou "pai da altura", sendo, na verdade, variação do nome "Abrão". Outro membro da tribo de Ruben e da família de Eliabe, igualmente dotado de patrimônio considerável.
c) Om - Seu nome significa "força". Era outro membro da tribo de Ruben, embora fosse da família de Pelete.
OBS: "...O povo mencionado está trabalhando em conluio, mas Corá mais tarde é descrito como antagonista de Arão, e Datã e Abirão são antagonistas de Moisés. É uma rebelião tanto civil como religiosa, baseada em um contexto dos papéis únicos e exclusivos que Moisés introduziu..." (Bíblia de Estudo Plenitude, nota aNm.16:1-3, p.162)


II - A CONTRADIÇÃO DE CORÁ

- Diz Judas que os falsos mestres pereceram na contradição de Corá. Portanto, o aspecto que se deve evidenciar na rebelião deste personagem bíblico é a contradição, ou seja, o aspecto contrário entre o que era falado e o que era desejado, entre o que era demonstrado e o que estava oculto. É por isso que não basta vermos a aparência, da qual devemos nos afastar - I Sm.16:6,7; Mt.22:16,18;Lc.17:20; Jo.7:24; I Co.7:31; IICo.5:12; Gl.6:12; Cl.2:23;Cl.3:22; IITm.3:5.
- Corá era da tribo de Levi, que havia sido escolhida para o serviço de Deus e, dentre os levitas, estava Corá entre oscoatitas(Nm.16:1), que eram aqueles que estavam destacados para o serviço do transporte do santuário(Nm.4:3), sendo, portanto, os mais próximos dos sacerdotes. Deste modo, segundo a ordem estabelecida por Deus, Corá era dos mais privilegiados. Como, então, poderia se levantar contra a ordem estabelecida por Deus, já que não estava sendo prejudicado por ela ? - Eis a primeira contradição.
- Corá, Datã, Abirão e Om se levantaram contra Moisés, juntamente com 250 homens, todos eles maiorais da congregação, varões de nome(Nm.16:2), alegando que toda a congregação era santa, que o Senhor estava no meio dela e, portanto, não era lícito que alguém se levantasse e a governasse(Nm.16:2). Se o povo tinha o direito de se governar e se não era lícito que Moisés o fizesse, por que os rebeldes eram, exatamente, os líderes do povo, aqueles que haviam sido constituídos para Moisés para ajudar-lhe nas decisões ? Não seriam, então, estes rebeldes tão ilegítimos quanto Moisés ? - Eis a segunda contradição.
- Se toda a congregação era santa e se o Senhor estava no meio dela, por que, então, deveria Corá e os seus companheiros se reunir numa congregação à parte e tomar posição de derrubar a Moisés e substituí-lo ? Por que não permitir que o povo tomasse a iniciativa de fazer valer o "seu" direito de governar ? - Eis a terceira contradição.
- Se a congregação era santa e o povo tinha o direito de se governar, por que Datã, Abirão e Om, rubenitas que eram, estavam inconformados com o fato de que sua tribo não tinha proeminência sobre as demais em vista da primogenitura de seu pai, se é que isto era até uma prova de que todo o povo de Deus era santo e digno de igualitário tratamento ? - Eis a quarta contradição.
- Se Moisés não tinha o direito de estar sobre o povo e se toda a congregação era santa, por que Datã e Abirão não quiseram subir até a tenda da congregação para a prova dos incensários(Nm.16:12-14), exatamente quando se provaria a sua "tese" de que todo o povo era santo e não apenas os escolhidos para o sacerdócio supostamente por Moisés ? - Eis a quinta contradição.
- Como dizer que Moisés era tirano, que não concedia liberdade ao povo (Nm.16:13) e, quando Moisés, democraticamente, aceita pôr em discussão não só a sua liderança mas também a posição de Arão, perante todo o povo, recusar-se até a assistir à prova ? Quem estaria sendo tirano e avesso à discussão neste caso ? - Eis a sexta contradição.
- Como afirmar que Moisés havia fracassado em seu intento de ingressar na Terra Prometida, de que estava conduzindo o povo ao deserto se, quando, mesmo após a punição divina, Moisés não impediu que o povo tentasse guerrear e entrar, ao seu modo, em Canaã, ocasião em que foram derrotados e só então aceitaram reiniciar a marcha no deserto(Nm.14:40-45) ? - Eis a sétima contradição.
- O que se observa, na verdade, é a obsessão de Corá, Datã, Abirão, Om e os demais maiorais pelo poder. Diante de uma falsa idéia "democrática" e "libertária" escondia-se tão somente o desejo de substituição de Moisés e de Arão por eles. Enganavam o povo prometendo-lhes liberdade mas querendo tão somente dominar o povo de Deus, assim como fazem os falsos mestres e falsos pastores - I Pe.5:2,3; IIPe.2:10,18,19.
OBS: "...A injúria que lhes fazia (i.e., que Coré fazia a Moisés e Arão, observação nossa) era tanto maior e mais perigosa, quanto secreta e sem aparência de violência; sua liberdade achar-se-ia oprimida, antes que eles o pudessem perceber, porque, enquanto aqueles que se sabiam indignos de comandar, eram elevados a tal honra, com o consentimento de todos, aqueles, ao contrário, que perderam a esperança de lá chegar, pelos caminhos de honestidade e da liceidade e não ousam empregar a força, por meio de perder a reputação de probidade que têm, usam de todas as espécies de meios maus, para isso e, assim, a prudência os obrigava a castigar semelhantes atentados, antes que os que os cometiam se julgassem descobertos , sem esperar que, tendo-se fortalecido bastante, passem por inimigos públicos e declarados... Coré, assim falava, com o pretexto de pena, aflição, e interesse pelo bem público, mas, na verdade, para incitar o povo à rebelião e obter a suprema sacrificadura..." ( Flávio JOSEFO, op.cit., p.85).
"... O que os impulsionava era o espírito arrogante. Reuniram seus simpatizantes, ou seja, duzentos e cinqüenta líderes secundários de várias (talvez até de todas as) tribos. E afirmaram que estavam defendendo uma ; causa justa', mas o que realmente havia em seu coração era a inveja e o ódio..."( R.N. CHAMPLIN, O Antigo Testamento Interpretado, v.1, p.666).
- A Igreja não é democrática nem ditatorial, mas teocrática, pois quem a governa é Jesus -Ef.1:22,23; 5:22,23.
OBS: "...Na verdade, eles não queriam ; distribuir o poder'. O que eles queriam era a saída de Moisés e de Arão. Acusaram-nos de ditadura, por não quererem dividir o poder. Não estavam querendo ser delegados. Queriam apossar-se do mando. A maioria das revoltas, dentro e fora da igreja, por algum tempo avança sob falsas alegações como essa...Até hoje, no seio da Igreja, embora todos os crentes sejam sacerdotes, nem todos atuam no ministério, e nem todos são ordenados para ocuparem funções ministeriais. Jesus é a Cabeça da Igreja; os apóstolos originais foram Seus primeiros-ministros. O Novo Testamento ensina certa ordem de ministério e de autoridade. Não se trata de uma situação em que cada qual age como bem quiser. Assim sendo, as denominações cristãs que destacam a democracia, quanto ao ministério, estão afastadas da verdade bíblica. A noção de autoridade centralizada sempre fez parte da ordem da Igreja do Novo Testamento..."(R.N. CHAMPLIN, O Antigo Testamento Interpretado, v.1, p.666).
" ...Muitos são os nomes usados para quem ocupa cargo no Ministério da Igreja, o importante é que os ocupantes destas funções saibam que todos os Ministros, indistintamente, só terão sucesso se forem instituídos por Deus, pois só Ele é capaz de dar a vocação necessária para fazer Sua obra com capacidade..." (Osmar José da SILVA. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.6, p.141).
- Este governante põe sobre o Seu povo pessoas encarregadas de lhes presidir(Rm.12:8) e de lhes ensinar a palavra e por eles interceder em oração(At.6:1,4), tudo para o aperfeiçoamento dos santos(Ef.4:11-16). São os dons ministeriais, que, entretanto, jamais devem ser considerados forma de dominação e tirania, pois sobre eles virá mais duro juízo(Tg.3:1; Ez.34).
OBS: " Corá e aqueles demais homens pensavam que poderiam escolher por conta própria os dirigentes do povo. Deus, porém, deixou claro que Ele estava no governo. Segundo o novo concerto, é Deus que continua decidindo que tipo de pessoas devem pastorear a Sua igreja. Ele estabeleceu as sagradas qualificações para aqueles que desejam servir no ministério... Quando os membros de uma igreja deixam de lado os padrões para o ministério pastoral e procuram eles mesmo dirigir este assunto, desprezando a Palavra de Deus, estão manifestando a atitude rebelde de Corá e dos demais que se juntaram a ele. A direção da obra de Deus deve basear-se na Sua vontade revelada à igreja." (Bíblia de Estudo Pentecostal, nota a Nm. 16:10, p.259)
- Quem deseja o ministério não deve fazê-lo com interesses outros que não seja o de servir e de ser o menor -Jo.13:12-16.
OBS: "...Os homens pregam a verdade e vivem a mentira. Muitos acham que serão galardoados pelo poder que exercem em seus ministérios. Se os anjos não foram poupados, imaginem esses hipócritas e prepotentes. A prepotência lhes faz sentirem-se seguros, mas graças a Deus que há um Juiz imparcial para, no tempo determinado, julgar todas as coisas. A Verdade é Cristo. Seja qual for o ministro que esteja à frente do rebanho, há um sumo pastor que rege todas as coisas. Naquele dia, prestarão contas de todas as suas obras diante dEle...Os maus ministros...infelizmente ouvirão: Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade(Mt.7:23b)..." (Ailton Muniz de CARVALHO. Maomé X Cristo, p.105)
"... O Pastor e Mestre, que tem o dom do conhecimento e as revelações do Senhor, sempre estará ocupado com o aperfeiçoamento dos santos, possibilitando assim o funcionamento do Ministério na Igreja, promovendo a unidade de todos em torno de Cristo, objetivando e buscando os mesmos alvos...Alguns, após serem eleitos a Ministro do Evangelho, pensam que se tornaram patrões da Igreja, puro equívoco. A palavra Ministro no hebraico é meshareth, que a Septuaginta traduziu pela palavra grega leitourgós, funcionário público...Neste sentido, o ministro é um servo, pode ser um escravo. Jesus foi considerado um servo. Os Ministros do Evangelho precisam entender que foram separados para o Ministério com a finalidade de servir ao rebanho de Deus..."( Osmar José da SILVA. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.6, p.137-9).


III - A CONGREGAÇÃO DOS REBELDES

- Coré, Datã, Abirão e Om estavam bem organizados, tinham até uma congregação composta das pessoas da melhor reputação dentre o povo (Nm.16:2). Há até quem diga que a habitação de Datã e Abirão(Nm.16:24) fosse uma espécie de tabernáculo rival. Aliás, é característica sempre dos rebeldes imediatamente arrumarem um outro lugar para se reunir e fazer seu "culto". Porventura, assim também não procederam os samaritanos, que construíram um templo para si no monte Gerizim ?(Jo.4:20). Desconfiemos de todo e qualquer movimento que busque locais alternativos, reuniões alternativas para a adoração ao Senhor, lugares paralelos aos estabelecidos pela liderança legítima da igreja.
- Na congregação dos rebeldes, tudo é semelhante e parecido com o genuíno e autêntico. Há incenso e incensário(Nm.16:18), há pessoas de nome e reputação na condução dostrabalhos(Nm.16:2), há um número que impressiona(Nm.16:17,18), há palavras bonitas e agradáveis aos ouvidos do povo(Nm.16:3,13 e 14), mas também há o orgulho, a insubmissão, a revolta e o desejo depoder(Nm.16:9,10,12,14), coisas íntimas, que não aparecem a não ser nas atitudes que só são percebidas por quem tem discernimento espiritual. Peçamos este discernimento ! - I Co.2:10-16.
OBS: "...Aplicar um padrão de sucesso a um líder espiritual é não compreender direito. O líder espiritual de sucesso é alguém que segue a liderança divina..."( Bíblia de Estudo Plenitude, nota aNm.16:12-15, p.162)
"... Na supervisão e direção de uma igreja é necessário o auxílio do Espírito. No fundo, o principal motivo da divisão de nossa denominação está na dificuldade proveniente de nosso governo eclesiástico. Tem-se dito que "tende à intranqüilidade do ministério." Sem dúvida, é muito penoso para quem suspira pelas dignidades oficiais e sente necessidade de ser o Excelentíssimo Senhor Oráculo, diante de quem até um cachorro fica proibido de latir. Os incapazes de dirigir algo além de bebês são justamente as pessoas que têm maior sede de autoridade e, vendo-se mal aquinhoados dela nestas partes, procuram outras regiões. Se você não pode governar-se a si próprio, se não é varonil e independente, se não é superior quanto ao peso moral, se não tem maior dom e graça do que os seus ouvintes comuns, poderá vestir uma toga e ter a pretensão de ser o líder da igreja - mas, não de uma igreja de governo batista ou neotestamentário. De minha parte, detestaria ser pastor de pessoas que nada têm que dizer, ou que, se chegam a dizer algo, bem podiam ter ficado caladas, pois o pastor é Sua Excelência, o Soberano, e os demais são leigos - cada qual um João-ninguém. Preferiria antes ser líder de seis homens livres, cujo entusiástico amor fosse o único poder sobre eles, do que bancar ditador de uma vintena de nações escravizadas...(
Charles Haddon SPURGEON. Trad. de Odayr Olivetti. Lições aos meus alunos, v.1, p.18-9).
- A igreja tem um governo e tudo aquilo que se introduzir nela visando o enfraquecimento ou desmoralização do governo deve ser repudiado, pois é algo que não provém da parte de Deus, que é quem estabeleceu o governo em Sua igreja. Ultimamente muitos fenômenos na igreja têm procurado enfraquecer a autoridade ministerial na igreja o que deve ser condenado e do que nos devemos afastar antes que sejamos, a exemplo dos seguidores de Corá, Datã, Abirão e Om, engolidos vivos pela terra ou consumidos pelo fogo.
- Corá foi consumido pelo fogo juntamente com os demais que estavam oferecendo incenso(Nm.16:35; Sl.106:18), enquanto que seus servos e alguns de seus familiares, assim como Datã, Abirão, seus servos e seus familiares foram engulidos vivos pela terra(Nm.16:31-33; 26:10,11;Dt.11:6; Sl.106:17).
OBS: "...Todo o povo ficou petrificado de medo e então a terra abriu-se com um ruído espantoso: tragou em seu bojo aqueles sediciosos (Datã e Abirão, observação nossa) com suas famílias, e tendas e todos os seus bens e depois, fechou-se sem deixar vestígio algum de tão prodigioso acontecimento. Este foi o fim desses miseráveis e como Deus fez conhecer Sua justiça e Seu poder...Moisés mandou vir em seguida os que disputavam a Arão o cargo de supremo sacrificador...Arão e Coré apresentaram-se por primeiro e todos estavam diante do Tabernáculo, com o turíbulo na mão...Imediatamente apareceu um fogo tão grande e tão terrível, como jamais se havia visto igual...Somente Arão ficou sem receber queimadura alguma daquelas chamas sobrenaturais..."( Flávio JOSEFO, op.cit., p.87).
- Este é o fim dos rebeldes e dos que desejam poder, que constróem suas casas sobre a areia, ouvem mas não observam a Palavra de Deus e têm grande destruição -Mt.7:15-27.
OBS: " O julgamento divino paira sobre todos os tais, incluindo a condenação do hades: 'A condenação daqueles que se levantam contra a verdadeira fé e excitam outros contra a Igreja de Deus, consiste de serem engolidos pela terra, permanecendo no abismo embaixo, juntamente com Coré, Datã e Abirão.'( Irineu, IV, 43)..."(R.N. CHAMPLIN, O Novo Testamento Interpretado, v.6, p.338).
" Os rebeldes são destruídos, porque se levantaram contra o ungido do Senhor, e automaticamente contra o próprio Deus, pois se opunham à autoridade legitimamente constituída por Deus" (Bíblia Vida Nova, nota aNm.16:20-40, p.166).


ESCLARECIMENTOS COMPLEMENTARES DO TEXTO DO COMENTÁRIO DA LIÇÃO OU DESTE ESBOÇO

Abimeleque (em hebraico, pai-rei) - Filho de Gideão, fez-se rei de Siquém, após ter, traiçoeiramente, matado a todos os seus irmãos. Acabou sendo morto pelos próprios siquemitas(Jz. 9).
Absalão (em hebraico, pai da paz) - Filho de Davi e Maacá (IISm.3:3). Após ter sido exilado por ter matado seu irmão, Amnom, como vingança pelo abuso sexual que este cometeu contra Tamar, fugiu do país, tendo, posteriormente, retornado com aquiescência de seu pai.. Fez-se simpático ao povo e, assim, planejou a destituição do seu pai, tendo sido bem sucedido. Entretanto, ao não seguir o conselho de Aquitofel, transtornado por Husai, permitiu que Davi se recompusesse militarmente e, assim, acabou sendo derrotado pelo exército do rei deposto, que recuperou o trono, ocasião em que Absalão acabou sendo morto por Joabe(II Sm.15-19).
Alexandre, o latoeiro - Pessoa que teria muito prejudicado a Paulo, a quem o apóstolo pede que seja feita a justiça divina(II Tm.4:14). Alguns estudiosos da Bíblia identificam este Alexandre com o mencionado por Paulo em I Tm.1:20 e, mesmo, com o mencionado em At. 19:33.
Gerizim - Monte com 869 m de altitude, c cujo nome significa "habitantes do deserto" ou "lugar desértico". Fica no centro de Samaria, próximo de Siquém, cerca de 16 km a sudoeste da cidade de Samaria. De lá, foram proferidas as bênçãos(Dt.11:29, 27:11-14). Ali foi edificado, nos tempos de Alexandre, o Grande, um templo pelos samaritanos, sob o comando de Manassés, filho de um sumo sacerdote que teria se recusado a deixar sua mulher samaritana. O templo foi destruído por João Hircano em 128 a.C. Até hoje é local onde os samaritanos efetuam sacrifícios.
Suprema sacrificadura - sumo sacerdócio



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