sábado, 30 de abril de 2016

HISTÓRIA DA RELIGIÃO


INTRODUÇÃO

Todas as grandes religiões do mundo se originaram na Ásia e três delas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, em uma área relativamente pequena da Ásia Ocidental. Igualmente notável é a concentração de grandes líderes espirituais em diferentes partes do mundo no século 6 a.C, ou em um período próximo.
Foi à época de Confúcio e talvez de Lao-Tsé, na China; de Zoroastro, na Pérsia; de Gautama, o Buda, na Índia; do maior dos profetas hebreus, chamado o segundo Isaías ( Isaías 40 - 55); e de Pitágoras, na Grécia.
É possível que o aparecimento de civilizações que se diziam universais desse origem a religiões universais; ou então as novas religiões eram umas reações às tensões nas sociedades existentes e à necessidade de uma saída espiritual e uma fé que transcendesse um politeísmo supersticioso. De qualquer forma, o movimento em direção a única realidade espiritual coincidiu com a procura dos pensadores gregos de um princípio único que explicasse o mundo material.
Entre as principais religiões monoteístas ( que acreditam em só Deus) do mundo estão o Judaísmo, o Cristianismo ( que se divide em três ramos - Catolicismo, protestantismo e Igreja Ortodoxa) e o islamismo. Das religiões politeístas orientais (que cultuam vários deuses), destacam-se o hinduismo, o budismo, o confucionismo, o xintoísmo e o Taoísmo. O xamanismo está presente na Ásia, na Oceania e na América do Norte. No Brasil são importantes ainda a Umbanda e o Candomblé, cultos de origem africana e o espiritismo, em especial a corrente Kardecista.

DEFINIÇÃO DE RELIGIÃO - Crença na existência de um ou vários seres superiores que criam e controlam o cosmo e a vida humana e que, por isso, devem ser comum o reconhecimento do sagrado e da dependência do homem para com poderes sobrenaturais. A prática religiosa tem por objetivo prestar tributos e estabelecer forma s de submissão a esses poderes. A adesão a uma religião implica a freqüência a seus ritos e a observância de suas prescrições.

JUDAÍSMO

Primeira Religião monoteísta da humanidade. Cronologicamente é a primeira das três religiões originárias de Abraão ( As outras são cristianismo e o Islamismo ). Tem origem no pacto que teria sido firmado entre Deus e os hebreus, fazendo destes o povo escolhido.
Possui forte característica étnica, na qual nação e religião se mesclam. Existem atualmente cerca de 135 milhões em Israel.
. No Brasil segundo o IBGE, havia cerca de 86 mil em 1991. Os Judeus eram um povo pouco numeroso que, segundo a tradição; mudou da Mesopotâmia para a Palestina. Sua História documentada começou com a fuga à opressão no Egito, seguindo o líder Moisés. Eles atribuíram tal fuga a um ser divino chamado Jeová ou o Senhor, com quem fizeram aliança de que seriam o  seu povo e ele seria o seu Deus, aliança associada às exigências simples, mas profundamente morais do Dez Mandamentos, os fundamentos da Tora ou Lei. A princípio, tratava-se de um povo único, marcado por leis sobre alimentação, circuncisão e outros costumes religiosos. O fato de ser Jeová um deus que os adotara do exterior carregava as sementes do universalismo e uma série de profetas mantiveram o desafio da probidade ética e religiosa.
Os Judeus sofreram continuamente a dominação política e militar de outros povos e a conseqüente diáspora. Levou-os a grande parte do Mediterrâneo e também para leste. Mais tarde, como resultado da perseguição aos cristãos, os judeus migraram para locais ainda mais distantes.

Livros Sagrados - O texto da Bíblia Judaica é fixado no final do século I. Divide-se em três livros: Tora, a escritura sagrada, os Profetas ( Neviim) e os Escritos ( Ketuvim). A Tora, ou Pentateuco, reúne o Gênese, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio. Ela e Os Profetas são escritos antes do exílio na Babilônia, os textos de Os Escritos, depois. No início da Era Cristã, as tradições orais são registradas no Talmude, dividindo em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.

Manuscritos do Mar morto - Entre 1947 e 1956 são descobertos nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, os mais antigos fragmentos da Bíblia Hebraica, escondido pela tribo judaica dos essênios no século I. Nos 800 pergaminhos escritos entre 250 a.C e 100 d.C , aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa dos essênios, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo. Alguns textos são muito semelhantes aos Evangelhos do Novo Testamento e se referem a práticas que lembram a Santa Ceia o Sermão da Montanha e a Cerimônia do batismo. São considerados um dos principais achados arqueológico da história.

Práticas e Festas Religiosas - Os rabinos são pessoas habilitadas a comentar textos sagrados e a presidir cerimônias religiosas que acontecem nas sinagogas. O símbolo do judaísmo é o Menorá, candelabro sagrado com sete braços. As Festas religiosas são definidas pelo calendário lunar e, por isso, têm datas móveis. As Principais são: Purim - Comemora-se a salvação de um massacre planejado pelo rei Persa Assucro. A Páscoa (Pessach) celebra a libertação da escravidão egípcia, em 1300 a. C. Shavuót - Homengageia a revelação da Torá ao povo de Israel, em aproximadamente 1300 a. C. Rosh Hashaná - é o Ano-Novo dos Judeus.
O ano judaico é contado de Setembro de 1998 - é o 5758 (graus) da criação do Mundo. A partir de Rosh Hashaná começam os dias temerosos, em que se faz um balanço do ano terminado.
Eles culminam no Vom Kipur, dia do perdão, quando os judeus fazem um Jejum de 25 horas para purificar o espírito.

Sucót - Rememora a peregrinação pelo deserto, após a saída do Egito. Chanucá de Jerusalém, no século V. a.C. O Simchat Torá - comemora a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.


CRISTIANISMO

Última grande religião mundial antes, do islamismo, originou-se na Palestina. Pouco se sabe sobre seu fundador, Jesus de Nazaré, antes de, aos 30 anos, começar a pregar que. o reino de Deus está próximo., mensagem aguardada então por muitos judeus.
Seu país, anexado formalmente por Roma em 6 d. C., estava em conflito e possuía muitas seitas, algumas basicamente espirituais ( como os essênios), outras políticas (como os depois chamados zelotes), a prometida chegada do Messias, ou salvador, para libertá-los. A princípio, as multidões seguiram Jesus, vendo nele esse Messias. Mas as autoridades judaicas perceberam que sua autoridade estava ameaçada pela mensagem de Jesus que, após pregar por três anos, foi entregue ao procurador romano e crucificado como revolucionário. A nova fé mostrou-se tenaz, apesar da morte prematura de sue fundador. Os discípulos de Jesus, e mesmo o líder, Simão Pedro (a Pedra), haviam abandonado Jesus, mas sua fé foi restituída pela Ressurreição: Jesus teria aparecido perante eles após a morte para que anunciassem as boas novas sobre o poder supremo de Deus. Esta revelação foi, a princípio, apresentada em um contexto puramente judaico.
Não se sabe se Jesus acreditava que Deus o havia enviado para converter os gentios. Coube a Paulo, um judeu convertido de Tarso, mostrar o poder da extensão do apelo do cristianismo ao pregar nas Ilhas do Egeu, na Ásia Menor, Grécia, Itália e talvez Espanha. As comunidades judaicas existiam todas as áreas e eram alvo dos pregadores cristãos. Os ensinamentos de Jesus despertavam o interesse dos pobres e humildes, que encontravam no reino de Deus uma mensagem de esperança. O número de convertidos cresceu, introduzindo-se rapidamente nas classes instruídas e de forma mais significativa nas massas urbanas do que no campo, que há tempos mantinha crenças pagãs. A Antioquia -. o berço do cristianismo gentio. - influenciou o norte e o leste do Império. Em algum momento antes de 200, Edessa tornou-se um baluarte cristão e igrejas do século 1 eram fundadas no Ocidente em Pozzuoli, Roma e talvez Espanha; no século 2, as províncias orientais do Império tinham muitas igrejas que se espalharam no vale do Reno e norte da África. Apesar da repressão e perseguição conversões prosseguiram. A recusa dos Cristãos em cultuar os imperadores, servir de magistrados ou carregar armas tornavam os suspeitos. Mas suas crenças não atraíam apenas os oprimidos: por volta de230, a Igreja tinha adeptos no palácio e altos postos do Exército. A reação pagã causou mais perseguições em 151 e em 303. Aos poucos, os que acreditavam na Segunda vinda de Cristo perceberam que não se tratava de algo iminente e, no fim do século 3 e início do século 4, a dispersão das igrejas exigia estruturas que mantivessem a disciplina e protegessem a pureza doutrinária. A autoridade residia na Bíblia e na tradição da adoração e dos sacramentos salvaguardados pelos bispos (supervisores), responsáveis pelo clero.
A doutrina baseia-se no anúncio da ressurreição de Cristo, na promessa de salvação e vida eterna para todos os homens e na mensagem de fraternidade.

Bíblia Cristã - Ë composta do Antigo e do Novo Testamento num total de 73 livros, para os Católicos, e 66, para os protestantes.
O Antigo Testamento trata da lei judaica, também chamada de Torá. O Novo Testamento contém textos posteriores à morte de Cristo, entre eles, os quatro Evangelhos, a principal fonte sobre a vida de Jesus. Os outros textos são os Atos dos Apóstolos, as Epístolas e o Apocalipse.
Festas Religiosas - As principais festas Cristãs são o Natal, em 25 de Dezembro, que comemora o nascimento de Cristo; a Páscoa, no Domingo da primeira lua cheia de outono ( Hemisfério sul), que celebra a ressurreição de Cristo; e Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, quando é recordada a descida do Espírito Santo. No Domingo seguinte ao de Pentecostes, os Cristãos homenageiam a Santíssima trindade ( Pai, Filho e Espírito Santo). O dia dos Reis, 6 de Janeiro lembra a visita dos três reis Magos ( Gaspar, Melchior e Baltasar) ao menino Jesus, em Belém.


Catolicismo

Um dos ramos da religião Cristã. Reconhece o papa como autoridade máxima e venera a Virgem Maria e os Santos. O termo Católico vem do grego Katholikos, universal. A adoção desse nome vem da idéia de uma igreja que pode ser aceita e levar a salvação a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo.
A missa é o principal ato litúrgico e por meio da aceitação dos sacramentos o católico reafirma sua fé. A história do Catolicismo está associada à expansão do Império Romano e ao surgimento de novos reinos em que este se divide. Sua difusão se vincula ao desenvolvimento da civilização ocidental e ao processo de colonização e aculturação de outros povos. Hoje o Catolicismo possui 1 bilhão de Adeptos.

Igreja Católica - A sede da Igreja Católica fica no Vaticano, um pequeno Estado independente no centro de Roma, Itália.
Liturgia Católica - As missas são rezadas em latim até a década de 60 quando o Concílio Vaticano II autoriza o uso da língua. Os sacramentos rituais são batismo, eucaristia, crisma ( ou confirmação da fé), penitência ( ou confissão), matrimônio, ordenação e unção dos enfermos. O casamento de sacerdotes é proibido desde a Idade Média, salvo em algumas igrejas orientais unidas a Roma ( por exemplo, a Maronita). As mulheres não são admitidas no sacerdócio ordenado.


Igreja Ortodoxa

Igreja que resulta do cisma ocorrido no catolicismo em 1054, quando o Império Bizantino rejeita a supremacia de Roma, patriarcado do Ocidente. Até então, duas grandes tradições convivem no interior do cristianismo; a latina, no Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina, no Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul, Turquia). Divergências Teológicas e políticas causam a ruptura entre as duas Igrejas, que se excomungam mutuamente, condenação só revogada em 1965 pelo papa Paulo VI e pelo patriarca Athenágoras I. A Igreja Ortodoxa ou Igreja Cismática Grega é menos rígidas nas formulações dogmáticas e na hierarquia e também valoriza a liturgia. O Cristianismo Ortodoxo ( reta, opinião em grego) tem originalmente quatro sedes ( patriarcados). Jerusalém, Alexandria, Antióquia e Constantinopla. Mais tarde são incorporados os patriarcados de Moscou, de Bucareste e da Bulgária, além das igrejas autônomas nacionais da Grécia, da Sérvia, da Geórgia, de Chipre e da América do Norte. Todas as Igrejas Ortodoxas têm diferenças políticas e religiosas. Possuem, no total, cerca de 174 milhões de fiéis em todo o mundo.
Liturgia do Cristianismo Ortodoxo - Os rituais são cantados sem instrumentos musicais. São proibidas imagens esculpidas de santos ,exceto o crucifixo e os ícones sagrados . Os sacramentos são os mesmos da Igreja Católica e reconhecidos reciprocamente. Os ortodoxos não admitem o purgatório nem a superioridade e a infabilidade do papa. Também rejeitam a doutrina católica da Imaculada Conceição, porque, segundo eles, esse dogma não faz parte da narrativa Bíblica e é contrário à doutrina tradicional do pecado original. A assunção da Virgem Maria, porém é aceita, com base na afirmação formal dos livros litúrgicos.

Os graus de ordem na Igreja Ortodoxa são três: Diácono, padre e Bispo. Os padres e diáconos recebem Títulos honoríficos (arquimandrita, ecônomo, arquidiácono), que não conferem primazia espiritual ou administrativa. Os padres podem casar-se (antes da ordenação), mas não os monges.


ISLAMISMO

Religião Monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé ( chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.
A palavra Islã significa submeter-se e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em Árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos. Muslim, em Árabe, aquele que se submete a Deus. Fundada onde hoje é a Arábia Saudita, estima-se que reúna mais de 1 bilhão de fiéis (18% da população mundial, em especial no norte da África, no Oriente Médio e na Ásia). É a Segunda maior religião do mundo, atrás apenas do cristianismo.
No Brasil, segundo estimativa da Mesquita Islâmica de São Paulo há cerca de 1 milhão de muçulmanos Maomé - O nome Maomé (570 -632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores, começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano. Em Medina, ele é reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos árabes.
Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, centro da peregrinação dos muçulmanos.
Maomé morre em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado Árabe em via de se organizar politicamente.
Livros Sagrados - O alcorão (do árabe Al-qur.ãn, leitura) é a coletânea das diversas revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras (capítulos) , ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a Onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo ,além de antigas tradições religiosas árabes. A Segunda fonte de doutrina do Islã a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos Ahadith ( ditos e feitos do profeta) .

Preceitos Religiosos - A vida Religiosa do Muçulmano tem práticas bastante rigorosas. Ele deve cumprir os chamados pilares da religião. O primeiro é a Shadada ou Profissão de fé: Não há deus e sim Deus. Maomé é o profeta de Deus. Ela deve ser recitada pelo menos uma vez na vida , em voz alta, com pleno entendimento de seu significado. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias ( Slãts), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras realiza-se um sermão a partir de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada Zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. Deve ser empregado para auxiliar os pobres, mas também para o pagamento de resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste no jejum completo feito durante todo o mês do Ramadã do amanhecer ao por do sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Alcorão a Maomé , o fiel não pode , comer, beber, fumar ou manter relações sexuais. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econ6omicas para tal.

Festas Religiosas - As principais são Eid el Fitr, Eid el Adha , ano de Hégira e a comemoração do nascimento de Maomé. Elas acontecem nessa ordem ao longo do ano e são definidas segundo o calendário lunar, por isso têm datas móveis. Na Eid el Fitr é comemorado o fim do Ramadã , com orações coletivas. Eid el Adha rememora o dia em que Abraão aceita a ordem divina de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho, Ismael. Na época de Eid el Adha também acontece à peregrinação do mês Muharram.
O ano atual ( 1997/1998) é o 1418 (graus) da Hégira. O marco inicial é o ano de 622 , quando Maomé deixa Meca.
Divisões do Islamismo- Os muçulmanos se dividem em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. A rivalidade com os sunitas é exacerbada com a revolução iraniana por Ruhollah Khomeini.
Ruhollah Khomeini- Líder espiritual e político iraniano ( 1902-1989) . Nasce em Bandar, Khomeini e começa a estudar teologia aos 16 anos. Leciona na faculdade de Qom , onde recebe o título de Aiatolá (sacerdote; do árabe sinal de Deus). Em 1941 publica A Revelação dos segredos, acusando o governo do Xá Rez Pahlevi de desvirtuar o caráter islâmico do país. É preso em 1963 por incentivar manifestações contra a Revolução Branca. Em 1964 exila-se na Turquia e mais tarde no Iraque e na França, de onde comanda o movimento xiita que derruba a Monarquia Iraniana em 1979 . No mesmo ano retorna ao Irã e proclama a República Islâmica , rigorosa na manutenção e na obediência dos princípios muçulmanos. Torna-se a autoridade suprema do país.
Persegue intelectuais, comunidades religiosas rivais, partidos políticos e todos os que se opõem à união entre Estado e religião.
De 1980 a 1988 chefia a guerra contra o Iraque, cujo saldo é de aproximadamente 700 mil mortos. Morre em Teerã, um ano depois de terminado o conflito.

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